O Diretor Geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse que os Estados Unidos precisam adotar medidas sustentadas para lidar com o déficit do governo. O setor público norte -americano enfrenta seu oitavo dia de desligamento, depois que democratas e republicanos não chegaram a um consenso sobre o financiamento da dívida, o que levou ao desligamento.
“Os EUA precisam adotar medidas para lidar com o déficit do governo federal, observando que o índice de dívida/PIB federal está em um caminho para exceder seu registro histórico após a Segunda Guerra Mundial”, alertou, em um discurso que precede as reuniões anuais da organização, que acontecem em Washington, nos Estados Unidos, na próxima semana. “Precisamos de ações sustentadas que vão além dos gastos discricionários”, ele reforçou.
Uma segunda recomendação do fundo para os EUA é implementar medidas para incentivar a economia doméstica. Como exemplo, Georgieva mencionou a expansão dos planos existentes que oferecem tratamento tributário favorável para economia de aposentadoria, entre outros possíveis ajustes de política tributária.
Na China, onde as economias privadas são “cronicamente altas” e a demanda doméstica é retida por um ajuste prolongado no setor imobiliário e pressões deflacionárias, o FMI recomenda “expansão fiscal transitória e recomposição fiscal permanente”. “A China precisa de um pacote fiscal-estrutural para aumentar o consumo privado, a transição para um novo modelo de crescimento e reviver sua economia”, disse o diretor geral do fundo.
Segundo ela, o pacote da China deve incluir mais gastos em redes de segurança social e uma revisão do setor imobiliário e menos em política industrial. O FMI estima os custos em 4,4% do PIB por ano.
Quanto à Alemanha, sua recente mudança estrutural para uma política fiscal mais expansiva, que deve ajudar a reduzir o superávit da conta corrente, mostra que as correções podem ser feitas, de acordo com Georgieva.
Segundo ela, os gastos públicos em infraestrutura, melhorando os incentivos para investimentos privados domésticos, serão especialmente benéficos, pois o país busca injetar novo dinamismo no setor de negócios.
Consolidação fiscal
O Diretor Geral do Fundo Monetário Internacional reforçou o aviso sobre a necessidade de países arriscados e pobres adotarem reformas que levam à consolidação fiscal.
A dívida pública global deve exceder 100% do produto interno bruto global (PIB) até 2029, liderado por economias de mercado avançadas e emergentes, calcula a organização, com sede em Washington, Estados Unidos.
“A consolidação fiscal é necessária em países ricos e pobres. A consolidação é difícil, pois muitos dos recentes episódios de agitação social”, disse Georgieva.
Segundo ela, é possível que os países reduzam significativamente seus déficits com um plano fiscal que é bem planejado, comunicado e implementado. Georgieva também alertou sobre a necessidade de os governos reduzirem os desequilíbrios da conta corrente. “Esses desequilíbrios podem desencadear uma reação protecionista e, sendo refletidos por fluxos de capital líquido, podem alimentar riscos de estabilidade financeira”, ele avaliou.
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