A Federação de Indústrias de Espírito Santo (Foundes) segue com preocupação as consequências de uma possível tributação dos Estados Unidos sobre produtos importados do Brasil, que podem afetar diretamente os setores estratégicos da economia Espírito Santo.
“É uma perda de ambos os lados”, disse Paulo Baraona, presidente da Founds, em entrevista a Equipe realde Times Brasil – CNBC exclusivo licenciado. Para ele, a medida afetaria os exportadores brasileiros e as empresas americanas que dependem dos insumos fornecidos pelo Espírito Santo.
Segundo Baraona, entre os setores mais expostos estão os pellets de aço, papel e celulose, café e rochas ornamentais. Ele ressaltou que quase 80% da produção de rochas ornamentais se destina aos Estados Unidos, com um aumento recente nas placas de exportação e projetos prontos, em vez de blocos brutos.
Exportações dos EUA
Atualmente, cerca de 30% das exportações em Espírito Santo estão destinadas aos Estados Unidos. No setor de papel e celulose, uma fábrica localizada em Aracruz envia 51% de sua produção para o mercado dos EUA.
De acordo com o presidente de descobertas, o balanço comercial do estado é positivo em relação aos EUA, diferentemente do equilíbrio nacional. Ele avalia que uma tributação pode gerar desequilíbrios importantes na economia local e afetar o fluxo de negócios com parceiros dos EUA.
Baraona também relatou que os Lits opera em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o governo federal, especialmente com o vice -presidente e ministro Geraldo Alckmin, para buscar soluções diplomáticas. “O objetivo hoje é abrir um diálogo muito intensivo para que possamos realmente entender e superar esse processo”, disse ele.
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Dificuldade de realocação
O líder industrial estima que, embora o café possa ser realocado para outros mercados, como a China, outros produtos enfrentam maiores logísticas e dificuldades comerciais. “É mais difícil porque são produtos muito específicos, como celulose e aço”, disse ele. Ele enfatizou que já existe uma incompatibilidade entre a produção em andamento e os tempos necessários para reposicionar bens em outros mercados.
Segundo Baraona, as empresas Espírito Santo já começaram a desenvolver planos alternativos, mas o processo não é simples. “Quando você perde o mercado e ele é preenchido por outro fornecedor, é muito difícil reconquistar”, disse ele.
Negociação e incerteza
Até o momento, não há confirmação oficial do governo dos EUA. A preocupação de Findes é baseada em declarações feitas nas redes sociais pelo presidente Donald Trump. “De fato, ainda não há documento oficial, ainda não há nada oficial para se comunicar com o Brasil”, disse ele.
No entanto, a entidade avalia que é necessário agir preventivamente para mitigar os possíveis impactos. Baraona concluiu que as exportações “não são um processo de venda simples”, pois envolve logística complexa, relacionamentos comerciais duradouros e construção.
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