O ministro de portos e aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que o governo brasileiro é mobilizado para conter os impactos de 50% das taxas anunciadas pelo presidente Donald Trump em produtos brasileiros. Em uma entrevista com Times Brasil JournalDo Licenciado exclusivo do Times Brasil-CNBC, nesta segunda-feira (14), a Costa Filho classificou a medida como “um erro político que prejudica o povo brasileiro e também os consumidores dos Estados Unidos”.
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De acordo com a Costa Filho, o ministério segue cuidadosamente os efeitos no setor aéreo, especialmente na cadeia de exportação de aeronaves e peças. Ele apontou que a tarifa representa uma ameaça direta a empresas como a Embraer: “Hoje temos mais de 1.700 aeronaves Embraer voando nos EUA. Com o novo imposto, cada venda pode ter um impacto de até US $ 9 milhões por unidade, o que torna completamente inviável os negócios”.
As reuniões com o setor produtivo começam nesta terça -feira
O governo federal começa na terça -feira (16) uma rodada de reuniões com setores industriais e de agronegócios, convocados pelo Comitê Interministerial de Negociação e Contratos, liderado pelo vice -presidente Geraldo Alckmin. Segundo o ministro, a reunião da manhã será com representantes do setor – incluindo segmentos como autopeças, aço, máquinas e aeronáutica – enquanto à tarde será a vez de Agro, destacando café, suco de laranja, frutas, couro e peixe.
“Queremos ouvir o setor produtivo e construir soluções conjuntas. Quem ouve, sente falta menos”, disse Costa Filho, que também argumentou que, antes de qualquer medida de reciprocidade, o foco deve estar no diálogo: “O Brasil está preparado para reagir, mas a primeira alternativa sempre será entender. Esperamos que os EUA revisem esta posição”.
O impacto já está sentido na logística
Ainda na visão do ministro, o movimento portuário já foi afetado: “Mais de 50 recipientes de peixes não estão mais abordados devido ao tempo de transporte e incerteza sobre a entrada de tarifas em 1º de agosto”. A parte dessa carga será redirecionada para o mercado doméstico ou outros destinos, mas o setor busca soluções para evitar perdas.
A Costa Filho também informou que, embora o transporte aéreo não tenha sido diretamente impactado na logística, o efeito na indústria nacional é grave, especialmente para produtos de alto nível, como a aeronave executiva da Embraer.
Perda de crescimento e alerta sobre a contaminação política
O ministro estimou que o impacto total das tarifas pode reduzir o crescimento do PIB brasileiro em 0,03% e causar retração de até 0,5% no setor portuário. “Estamos vivendo o melhor momento da história da infraestrutura portuária no Brasil. Não podemos colocar isso em risco por causa de uma disputa política”, disse ele.
Quando perguntado sobre a origem política da medida, Costa Filho criticou a posição de Eduardo Bolsonaro, que teria “alho misto com Bugas” e promoveu retaliação internacional contra o país. “É lamentável ver um deputado federal pressionando o judiciário por meio de um governo estrangeiro. Isso não é político, é uma sabotagem econômica”.
Mensagem para o setor privado
Costa FIHO encerrou a entrevista, garantindo que o governo de Lula esteja unido e mobilizado: “Não haverá escassez de esforço, diálogo ou comprometimento. Preservaremos os empregos, exportações e credibilidade do Brasil. O momento é união em todo o país”.
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