A tarifa anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para o Brasil, acrescentou mais incertezas às instruções brasileiras do balanço comercial este ano. A avaliação é do expressor do comércio exterior (ICOMEX) divulgado na segunda -feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV).
“O Departamento de Comércio Exterior reduziu sua previsão de excesso de US $ 70,2 bilhões para US $ 50,4 bilhões. Sem o efeito Trump, nossa previsão seria um pouco mais otimista (cerca de US $ 60 bilhões), assumindo a desaceleração das importações. No entanto, com a possibilidade de implementar a tarifa de Trump, as previsões são incertas”, disse o Relatório do ichomex.
O texto lembra que o governo ficou surpreso com a adoção de uma taxa de 50% nas exportações brasileiras para os EUA. O anúncio, feito por Trump em uma carta, quebra o discurso de que o alvo das tarifas americanas seriam países com excedente contra Washington: o Brasil acumulou déficit com os americanos desde 2009, US $ 1,7 bilhão no primeiro semestre deste ano. O mesmo texto enviado a Brasília cita o processo do ex-presidente Jair Bolsonaro e as decisões da Suprema Corte federal sobre plataformas digitais sinais que a sanção aponta, antes de tudo, questões políticas internas.
A tarifa atinge uma agenda diversificada de exportação: dez produtos representam 57% das vendas estrangeiras para o mercado dos EUA, especialmente aço, aeronaves, sucos concentrados e escavadeiras. Os setores agrícola e industrial, concentrados em São Paulo, já alertaram que “a taxa de 50% poderia tornar inviável as exportações”.
“A agenda de exportação para os Estados Unidos é bastante diversa. Enquanto 10 produtos explicaram 57% das exportações brasileiras para esse mercado, no caso da China, três produtos (petróleo, soja e minério de ferro) explicaram 96% das vendas brasileiras deste mercado em 2024”, explica o relatório.
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A dependência à venda para os EUA, no entanto, é menor do que no passado: de 2001 a 2024, os Estados Unidos correm no total exportado pelo Brasil caíram de 24,4% para 12%, enquanto a China avançou. Os analistas lembram -se de que, historicamente, Trump se retira após o endurecimento.
“No momento, é possível esperar que as negociações sejam possíveis, que Trump segue o comportamento ‘Trump sempre sai’, que em tradução livre significa” amarelo ou costas “. Avaliações mais detalhadas devem esperar o resultado final dessa iluminação”, diz o relatório do Icomox.
O texto também ressalta que, como lembrou o Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, as exportações dos EUA representam cerca de 2% do produto interno bruto brasileiro (PIB). Além disso, parte das vendas para os Estados Unidos é de empresas multinacionais dos EUA, que poderão pressionar o governo Trump, assim como empresas nos Estados Unidos que usam os bens intermediários do Brasil em sua produção.
Balança comercial
Enquanto o litígio se arrasta, o balanço comercial doméstico já sente os ventos contrários. Em junho, o excedente foi de US $ 5,9 bilhões, abaixo de US $ 6,3 bilhões de 2024; No semestre, o ganho diminuiu de US $ 41,6 bilhões para US $ 30,1 bilhões.
O agravamento do equilíbrio acumulado e a melhoria na corrente do comércio são explicados pelo maior crescimento das importações do que das exportações. Comparando os resultados da primeira metade de 2024 com os de 2025, a queda de valor exportado foi de US $ 1,1 bilhão, uma queda de 0,7%. As importações aumentaram US $ 10,4 bilhões, um crescimento de 8,3%.
O relatório informa que o Secretariado do Comércio Exterior reduziu o saldo de US $ 70,2 bilhões a US $ 50,4 bilhões, admitindo incerteza adicional se a sobretaxa for mantida. “Sem o efeito Trump, nossa previsão seria um pouco mais otimista, com algo em torno de US $ 60 bilhões, assumindo a desaceleração das importações. No entanto, com a possibilidade de implementar a tarifa de Trump mesmo para o Brasil, as previsões são incertas”, diz o relatório.
O agravamento do equilíbrio acumulado e a melhoria da corrente comercial são explicados pelo maior crescimento das importações do que das exportações.
O retiro das mercadorias, que representam 67% das exportações, foi apenas parcialmente compensado pelo bom desempenho da indústria de transformação: as vendas do setor cresceram 14,5% em volume e 10,2% em junho, impulsionadas por itens ilegais como mercadorias – caso de carros, cujos toneladas de embarque saltaram 114%. Na frente geográfica, o excedente da China caiu de US $ 22,4 bilhões para US $ 12 bilhões, enquanto o déficit dos Estados Unidos avançou para US $ 1,7 bilhão, refletindo o impacto de novas tarifas e dinâmica de preços.
O relatório também mostra que a agenda de importação do Brasil não mudou. Na primeira metade de 2024, a participação percentual das categorias de uso nas importações totais foi: bens de capital (15,5%); bens duráveis (5,2%); bens não duráveis (9,2%); Bens semiduráveis (2,7%); e bens intermediários (67,4%). Na primeira metade de 2025, as porcentagens são: bens de capital (17,8%); bens duráveis (4,4%); bens não duráveis (9,2%); Bens semiduráveis (2,9%); e bens intermediários (65,7%). Houve um aumento na participação de bens de capital, mas os bens intermediários continuam, como ocorre na maioria dos países do comércio mundial, para dominar a agenda de importação no Brasil.
De acordo com o ICOMEX da FGV, a queda no excedente nos primeiros seis meses do ano foi liderada pela redução do saldo comercial com a China, que passou de US $ 22,4 bilhões para US $ 12,0 bilhões entre 2024 e 2025, e o aumento do déficit dos Estados Unidos de US $ 300 milhões para US $ 1,7 bilhão. A Argentina contribui positivamente, de um déficit para um superávit de US $ 3 bilhões, e com a União Europeia o déficit aumentou de cem milhões a seiscentos milhões de dólares.
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