A Associação Brasileira de Agricultura de Peixes (FISH BR) disse em comunicado que a decisão dos EUA de aplicar 50% de tarifas aos produtos brasileiros atinge diretamente a cadeia de produção de peixes de cultivo, especialmente a tilapicultura.
“O mercado dos EUA é o principal destino para remessas internacionais da agricultura de peixes brasileiras, respondendo em 2024 por 89% do volume exportado, o que resultou em US $ 52,2 milhões em negócios”, disse a entidade em comunicado. Entre as espécies embarcadas, a tilápia lidera, seguida por Tambaqui.
A agricultura de peixes no Brasil está presente em 237.669 estabelecimentos rurais brasileiros, 27 estados da Federação e mais de 60% das cidades, gerando mais de 1 milhão de empregos diretos e indiretos, diz ele.
“É essencial que o governo federal atue com velocidade, desencadeie os canais diplomáticos e busque o entendimento com as autoridades dos Estados Unidos. A restauração do diálogo com um dos principais parceiros de negócios do país deve ser uma prioridade estratégica”, disse ele no comunicado.
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Cacau alerta sobre tarifas
A Associação Nacional de Indústrias de Processamento de Cacau (AIPC) divulgou um alerta sobre o recente anúncio dos EUA de impor uma tarifa de 50% aos produtos brasileiros de cacau. Segundo a AIPC, em comunicado, essa decisão pode prejudicar significativamente a competitividade das exportações brasileiras.
Entre 2020 e 2024, as exportações derivadas de cacau para os EUA representavam uma média de 18% do total de brasileiros, atingindo US $ 72,7 milhões em 2024. Esse fluxo comercial mostrou um crescimento ainda mais significativo na primeira metade de 2025, com as exportações já totalizando US $ 64,8 milhões.
De acordo com a entidade, a nova tarifa chega em “um momento delicado” para o setor, que ainda se recupera de uma série de quebras de colheitas e enfrenta altos preços internacionais e restrições ao suprimento interno de amêndoas. “Muitas regiões produtoras dependem da exportação de derivados como uma válvula de escape econômica, essencial para a manutenção de empregos e operações”, continua ele.
Os riscos não são apenas comerciais, alerta o AIPC. A tarifa imposta pelos EUA pode desestabilizar o regime de desvantagem, que isenta os impostos sobre os insumos de exportação importados. O não cumprimento dos contratos devido à injeção econômica pode resultar em multas e exigência de impostos, além de provocar a incerteza legal para os exportadores.
De acordo com a presidente executiva da AIPC, Anna Paula Losi, “a imposição dessa tarifa representa um risco não apenas econômico, mas também legal e logística. É essencial preservar os canais de exportação que garantem o funcionamento da indústria”, alerta na nota.
Nesse cenário, a AIPC defende uma resposta coordenada entre os governos brasileiros e americanos, com medidas diplomáticas e comerciais para mitigar os impactos e garantir a estabilidade da exportação. A associação reitera seu compromisso com o desenvolvimento sustentável do setor, trabalhando com vários atores para proteger a competitividade da cadeia de produção de cacau no Brasil.
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