O presidente Luiz Inacio Lula da Silva afirmou que o Brasil reagirá a 50% de tarifas impostas pelos Estados Unidos com equilíbrio e defesa da soberania. Ele classificou como “inadmissível” a tentativa de interferir com o presidente Donald Trump no judiciário brasileiro e disse que o governo pretende agir com base em Lei de reciprocidade econômicaaprovado pelo Congresso.
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“É inaceitável que o presidente Trump envie uma carta dizendo que é necessário acabar com os combatentes das bruxas. Aqui no Brasil, há justiça. Se alguém cometeu um erro, será punido, incluindo um ex -presidente, se aplicável”, disse Lula em entrevista a uma entrevista a Jornal nacional Nesta quinta -feira (10).
Segundo o presidente, a decisão de Trump é baseada em informações incorretas sobre o balanço comercial. “Nos últimos 15 anos, os EUA tiveram um excesso de US $ 410 bilhões com o Brasil. Se alguém relatou que há um déficit, ele mentiu”, disse ele. Lula também rejeitou a idéia de que o aumento das tarifas está relacionado à política externa brasileira, especialmente a abordagem com o BRICS. “Queremos independência, não subordinação. Cada país tem sua soberania”.
Diplomacia
Em resposta às críticas à sua visita à ex -presidente da Argentina, Cristina Kirchner, Lula afirmou que a viagem foi autorizada pelo Tribunal Argentina e tinha um caráter humanitário. “O que não é certo é um presidente para adivinhar em uma decisão judicial de outro país. Aqui temos regras. Se Trump tivesse feito aqui o que ele fez nos EUA, ele também seria julgado”, disse ele.
O presidente disse que o governo reunirá empreendedores brasileiros afetados pela medida – como setores de aço, café, suco de laranja e aeronaves – e procurará novos mercados, com foco no Oriente Médio e no Sul Global. “Vamos negociar. E, se necessário, vamos aplicar a reciprocidade. O empresário que pensa que temos que ceder a tudo o que o outro país deseja, honestamente, não se orgulha de ser brasileiro”.
“Não tomo uma decisão com 39 graus de febre. O Brasil usará os canais da OMC, ouvirá os empreendedores, o Congresso, a Itamaraty e somente então para decidir”, acrescentou.
Lula também comentou que não conversou com Trump desde sua eleição. “Enviei uma carta parabenizando. Quando há necessidade, ligo para conversar. Mas ele publicou uma decisão em seu site, sem aviso prévio para o Brasil, sem diplomacia, sem respeito. Chefes de estado devem manter a civilidade”.
O presidente sugeriu que o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira avalia o chamado do embaixador dos EUA no Brasil, mas deixou a decisão de Itamaraty. “Este é um problema diplomático. O ministro saberá como cuidar”.
Finalmente, Lula enfatizou que o Brasil quer ser respeitado nas relações internacionais. “Um presidente não possui a verdade. Eu nunca tive um relacionamento ideológico com nenhum líder. Converso com todos. Mas o que não aceito é um desafio contra o Brasil”, disse ele.
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