A Associação Brasileira de Indústria Química (Abiquim) se manifestou com preocupação na quinta -feira (10), depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para o país.
Em uma nota oficial, a entidade defendeu o livre comércio, o respeito pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e apelou pelo diálogo técnico para evitar perdas econômicas bilaterais.
“O setor químico brasileiro possui um balanço comercial deficiente com os EUA”, disse Abiquim, observando que, em 2024, o Brasil importou cerca de US $ 10,4 bilhões em produtos químicos dos EUA e exportou apenas US $ 2,4 bilhões, gerando um déficit de US $ 7,9 bilhões. Em volume, havia seis milhões de toneladas nas importações do que as exportações.
Segundo a associação, a nova tarifa pode ter efeitos indiretos relevantes. Isso ocorre porque a indústria química é um fornecedor estratégico de insumos para outros setores fortemente exportadores, como alimentos, papel e polpa.
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“Este é um tópico de grande relevância para a indústria química, não apenas para suas exportações para os EUA, mas também porque o setor é um fornecedor importante de insumos para os setores de exportação”, o texto reforça.
A entidade também criticou a interferência política nas relações comerciais. “Entendemos que o diálogo técnico é a melhor maneira de resolver esse problema”, diz o comunicado. Abiquim afirma que “ambos os lados estão sujeitos a perda” e, portanto, é necessário negociar para evitar danos mútuos. “É um momento de firmeza e ações refletidas, mas, acima de tudo, procurar canais de diálogo diplomático”, acrescenta ele.
A associação também apelou à preservação de uma relação histórica entre os dois países. “A longa tradição de relação comercial estável e lucrativa entre o Brasil e os EUA deve ser preservada”.
Um dos grandes medos do setor industrial brasileiro é o impacto direto na competitividade: entidades como CNI e Amcham avisam sobre demissões em cerca de 10.000 empresas exportadoras e pedem uma rápida retomada de negociações.
Setores como aço, têxtil, calçados, carne e café já expressaram preocupação com a medida, que pode aumentar os preços dos produtos brasileiros no mercado dos EUA.
O presidente Lula reagiu ao anúncio sinalizando que o Brasil adotará medidas de retaliação com base na lei de resposta econômica recém-promulgada, mantendo a soberania e a independência institucional do país.
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