A empresária Luiza Helena Trajano participou do conselho Protagonistas E apresentou sua carreira profissional, com foco em liderança, equidade de gênero, programas afirmativos e gestão corporativa. O atual presidente do Conselho de Administração da revista Luiza, também lidera o Grupo Women of Brasil, uma rede focada na participação política e econômica feminina.
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“Sou uma pessoa inquieta, aberta ao novo e comprometido com o país desde os 12 anos”, disse Trajan. “Sinto -me protagonista. Sempre participei de discussões políticas e sociais.”
Trajano começou sua trajetória como balconista em uma loja de família em Franca (SP). Em contato direto com os clientes, ele desenvolveu habilidades de escuta e observação. “Na época, não usamos o termo empatia. Mas eu aprendi a me colocar no lugar do outro”.
Equidade e liderança feminina
Trajan defendeu a administração que integra homens e mulheres em posições de tomada de decisão. “A força masculina com feminino gera equilíbrio. Não é exclusão. É integração.” Segundo ela, o setor de negócios deve criar condições para expandir a participação de mulheres em conselhos, conselhos e espaços políticos. “O objetivo é de 50% em todas as áreas. A visibilidade não é suficiente. É necessário poder”.
Ela também defendeu as cotas como um instrumento temporário para a correção de desigualdades. “Sou a favor da cota de 30% para mulheres em empresas públicas e mistas. A medida já existe em outros países. É uma maneira de acelerar mudanças estruturais”.
Programa de trainee preto
Em 2020, a revista Luiza implementou um programa de trainee focado exclusivamente em pessoas negras. A medida recebeu críticas nas redes sociais e na imprensa, mas foi mantida. “O objetivo era corrigir uma distorção interna. Mais da metade de nossos funcionários identificados como negros, mas poucos estavam em posições de liderança”, explicou Trajan.
O programa recebeu 23.000 registros. “Nenhum inglês ou reforço foi necessário. O que estava faltando foi o acesso. A única mudança foi a idade limite, estendida de 24 a 26 anos.”
Transição de ciclo e sucessão
Trajan deixou o cargo de CEO para atuar no conselho da empresa. A decisão foi planejada com antecedência. “Eu acredito em mudar de ciclos. Se você não mudar, o ciclo muda para você.”
O cargo de CEO foi assumido por Marcelo Silva e, mais tarde, por Frederico Trajano, filho da empresária. “O processo seguiu a governança. Ele entrou como diretor, passou por outras funções e assumiu após o período de preparação”.
A empresa aposta na integração entre lojas físicas e canais digitais. Uma das próximas ações será a Galeria Magalu, instalada na construção da antiga livraria cultural, em São Paulo. O espaço reunirá as marcas do grupo e será aberto ao público em outubro.
Participação e posicionamento
Trajano comentou sobre seu desempenho em eventos e debates públicos. “Participei de agendas alinhadas com os temas que sigo. Recebo muitos convites, mas seleciono aqueles que posso responder.”
Quando perguntado sobre o posicionamento em espaços majoritários masculinos, ele disse que sempre adotou uma postura direta. “Desde o início, me posicionei em reuniões e apresentei minhas propostas. Não ataquei, não me retirei. Mantei o foco”.
Recomendações e opções
No final da entrevista, Trajan respondeu à pergunta sobre o que significa ser um protagonista. “Está assumindo sua história, agindo, corrigindo erros e compartilhando sucessos”. Ela também comentou a importância de reconhecer os efeitos de cada escolha. “Toda decisão implica renúncia. Ao escolher, é necessário aceitar os limites e seguir.”
Para ela, a auto -estima é um fator importante no desenvolvimento das mulheres líderes. “Quando alguém elogia, aceite. Quando você cometer um erro, ajuste. Evite justificar a si mesmo. Os homens raramente fazem isso.”
O grupo Women of Brasil faz 13 anos em 2025. A entidade opera em várias frentes, incluindo articulação com o Congresso Nacional e as campanhas sociais. “O grupo não representa as partes. Atua com propostas e objetivos claros”, concluiu Trajano.
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