Uma pesquisa da Confederação da Indústria Nacional (CNI) ressalta que 77,8% das exportações brasileiras para o mercado dos EUA são afetadas pelas taxas impostas pelo governo do presidente Donald Trump. Além das taxas que entraram em vigor na quarta -feira (6), atingindo um total de 50% em relação aos produtos nacionais, a análise também considera a aplicação de sobretaxa a setores como aço, veículos e automóveis.
No documento, a CNI relata que se referiu ao governo brasileiro um relacionamento com oito sugestões de medidas de emergência para conter o impacto da tarifa.
Mais da metade dos produtos brasileiros exportados para os EUA, de acordo com a pesquisa, agora pagam 50%de taxas. Desse total, 45,8% sofrem acusações especificamente contra o Brasil. As tarifas afetam principalmente o setor de transformação, que respondeu por US $ 12,3 bilhões em exportações impactadas até 2024, ou 69,9% do total sob tarifa máxima.
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Setores mais afetados pelas tarifas
Outros segmentos afetados são roupas, máquinas, têxteis, alimentos, produtos químicos, couro e sapatos. Itens como aço, alumínio e cobre, incluídos na seção 232, representam 9,3% das vendas brasileiras e enfrentam 50% de tarifa. A Seção 232 da Lei de Expansão Comercial de 1962 autoriza o presidente dos EUA a ajustar as importações de bens ou materiais de outros países no caso de uma “ameaça à segurança nacional”. Isso pode ser feito através de tarifas ou outros meios.
Por outro lado, 22,2% das exportações permanecem livres desses superlotos, especialmente a indústria extrativa. O petróleo, leve e pesado, lidera o grupo de produtos isentos. No setor manufatureiro, os combustíveis automotivos e os óleos pesados sem biodiesel também têm uma fatia relevante entre os itens sem tarifa extra.
Exceções e medidas de alívio
Para produtos relacionados à aviação civil, a sobretaxa de 40% imposta em julho fornece isenção condicional, beneficiando aeronaves não militares e equipamentos de transporte. Se a exceção for confirmada, 577 produtos só poderão ser tributados em 10%, aliviando o impacto no setor aeronáutico.
Além das tarifas já implementadas, as autoridades dos EUA mantêm investigações abertas sob a Seção 232, que podem atingir novas áreas como aeronaves, motores, caminhões, madeira, minerais críticos, semicondutores e medicamentos.
Para reduzir os danos ao setor produtivo, a CNI se referiu ao governo brasileiro uma lista de oito medidas de emergência. Isso inclui a linha de crédito especial do BNDES com taxas de juros mais baixas, expansão dos prazos de câmbio e exportação, adiamento dos impostos federais e pagamento imediato de créditos tributários, bem como a reativação do programa de segurança-união e expansão do reintegra.
“A pesquisa mostra a dimensão do problema e a urgência da articulação entre governo e setor produtivo. Precisamos preservar nossa capacidade de exportação e responder rapidamente a essa escalada protecionista”, disse Ricardo Alban, presidente da CNI, em comunicado.
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