O Presidente da Federação de Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, disse nesta semana que o ideal seria pelo menos uma extensão do prazo para a aplicação das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A declaração foi dada após uma reunião com o vice -presidente Geraldo Alckmin em Brasília.
“A extensão tem uma lógica econômica de ambos os lados da fronteira para o Brasil e os Estados Unidos”, disse Roscoe. Segundo ele, o fluxo de exportação a curto prazo não pode ser interrompido sem causar logística e distúrbios comerciais. Os produtos já em trânsito, se não forem internalizados nos EUA até 1º de agosto, sofrerão os efeitos de novas taxas.
Impacto nos contratos e exportadores
O presidente da FIEMG alertou que os contratos já assinados estão sendo cancelados por importadores americanos, que não terão alternativas para substituir os produtos brasileiros no curto prazo. “O embarque estava para acontecer agora, em julho e agosto. Você não tem tempo, do ponto de vista internacional, para realocá -lo”, explicou.
Roscoe apontou que, embora a extensão do prazo seja baseada, ele não deve ser tratado como um objetivo final. Segundo ele, o principal objetivo deve ser a redução definitiva das tarifas, uma iniciativa que, segundo ele, o governo brasileiro tentou negociar conosco autoridades.
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Dependência do mercado dos EUA
Durante a reunião, o presidente da FIEMG chamou a atenção para a relevância do mercado dos EUA, especialmente para empresas de mineração. Minas Gerais é o terceiro maior estado de exportação para os Estados Unidos. Ele ressaltou que poucas empresas brasileiras podem trabalhar nesse mercado, mas aqueles que trabalham têm uma fatia significativa de sua produção.
“É muito raro encontrar uma empresa que exporte para os Estados Unidos e diz que esse mercado representa apenas 5% da produção. Geralmente representa 50% a 90%”, disse Rosco. Segundo ele, esse grau de dependência pode levar à interrupção de atividades produtivas em algumas empresas se as tarifas forem mantidas sem transição.
A FIEMG estima que, no caso de produtos industrializados, a produção de outros mercados é mais lenta e mais difícil. Para mercadorias agrícolas, como o café, ainda há espaço para reajuste. “Os Estados Unidos são o maior destino de produtos industrializados no Brasil”, lembrou.
Roscoe concluiu a defesa de um esforço conjunto para encontrar uma solução satisfatória para os dois países, considerando a importância estratégica do mercado dos EUA para a indústria brasileira.
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