Visto pelo Papa Francisco como um “modelo de liderança”, o bispo de Estocolmo, Anders Arborelius, estava à frente do improvável crescimento do catolicismo na Suécia. Assim, ele é um dos cardeais com a chance de ser escolhido no conclave começou na quarta -feira, 7.
Arborélio, 75 anos, foi nomeado por Francis em 2017 como o primeiro cardeal da Escandinávia e da Suécia, um país de forte tradição secular, com altas taxas de ateísmo e uma maioria protestante entre as religiões.
O crescimento da Igreja em seu bispado se deve principalmente à chegada de imigrantes que praticam fé católica, que exigiam o empréstimo e até a compra de algumas igrejas luteranas no país para acomodar novos fiéis.
Como o último papa, Arborélio geralmente adota uma postura de defesa dos direitos dos imigrantes, apontando o crescente multiculturalismo do país escandinavo.
Em uma entrevista ao jornal americano especializado O Registro Católico NacionalEle afirmou que o caráter plural da Igreja Católica Sueca e a “mensagem universal” do evangelho mostram como as diferentes nacionalidades podem viver.
Outro ponto convergente do bispo de Estocolmo em relação a Francisco é a preocupação com a agenda ambiental. Seu interesse pelo tema tem sido desde a década de 1970, e ele já defendeu o crime internacional em grande escala do meio ambiente, chamado “ecocídio”.
Ele também implementou a restrição decretada pelo papa argentino à missa em latim e diz que não entende por que algumas pessoas querem esse tipo de celebração, de acordo com o site especializado The College of Cardinals Report.
Conversão inspirada em Santa Teresinha
Arborelius nasceu na Suíça, mas cresceu na Suécia, um país de origem de sua família. Ele era um luterano nominal até a adolescência, quando chegou a se aproximar do catolicismo.
Na juventude, a busca da espiritualidade o levou à tradição da ordem carmelita, focada na oração e na vida interior.
Impactado pela leitura da autobiografia de Teresa de Lisieux, a Santa Teresinha da criança Jesus, convertida ao catolicismo aos 20 anos de idade e decidiu se juntar à ordem dos carmelitas descalços. Ele foi ordenado padre dez anos depois em 1979.
O cardeal estudou teologia e filosofia em Bruges e Roma, onde se formou na Pontific Tereresianum Theological Faculty, e obteve um mestrado em línguas modernas pela Universidade de Lund.
No tratamento pessoal, é descrito como afável e aberto ao diálogo. “É quase impossível encontrar alguém que não gosta de Arborélio”, diz o jornal especializado Crux.
O sueco é membro de vários dicker do Vaticano: para o clero, bispos, igrejas orientais, promoção da unidade cristã e do Conselho para a Economia.
Um novo progressivo?
Apesar do perfil de Francis, considerado progressivo, Arborélio se opõe aos rótulos que levam à politização da Igreja Católica, considerada por ele como “muito perigosa”, de acordo com o relatório da Faculdade de Cardinals.
Ele também é apontado como mais conservador ou menos claro em suas posições em outros tópicos, como o mesmo casamento de sexo.
Para especialistas consultados por EstadãoÉ provável que o novo papa tenha um perfil mais moderado, mas não oposto, para Francis.
O arcebispo cardeal de São Paulo, Dom Odilo Scherer, afirma que o sucessor terá um perfil distinto.
“O próximo papa não será um Xerox do Papa Francisco”, disse ele no domingo passado, 4, no Vaticano. O cardeal brasileiro é um dos eleitores deste conclave e, no passado, já foi citado para ser papa.
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