O Papa Francisque morreram na segunda -feira (21), vítima de um derrame, deixa reformas históricas no Vaticano, incluindo a maior transparência financeira e controle da Igreja Católica. Ao longo de seus 12 anos de pontificados, o papa argentino modernizou as finanças da Santa Sé e procurou garantir uma gestão mais ética e responsável dos recursos da igreja.
Logo após sua eleição em 2013, Francisco se deparou com um Vaticano envolvido em escândalos financeiros. Entre os episódios estava o caso de investir em um edifício de Londres, o que resultou em perdas milionárias para o estado da cidade do Vaticano. Diante disso, o papa adotou uma série de medidas para quebrar com a cultura do sigilo e trazer uma administração mais responsável dos fundos da igreja.
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As reformas
Uma das reformas foi a criação, em 2014, da Secretaria da Economia, uma estrutura administrativa com autoridade sobre todas as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé e do estado da cidade do Vaticano. A decisão foi formalizada através do próprio motu Despressor Fidelis e Prudenspublicado em 24 de fevereiro daquele ano.
A medida teve como objetivo garantir um maior controle e supervisão sobre os recursos do Vaticano, rompendo com o gerenciamento desorganizado do passado.
Ao mesmo tempo, foi criado o “Conselho de 15”, composto por cardeais, bispos e especialistas em finanças. O objetivo do conselho era garantir que as políticas econômicas fossem implementadas de maneira eficaz e transparente. Essa mudança representou uma ruptura com práticas antigas, onde a falta de supervisão resultou em episódios de corrupção e gerenciamento irresponsável.
Segredo do Banco
Também em 2014, Francisco também suspendeu o sigilo bancário no Vaticano e começou a exigir maior supervisão no “Instituto de Obras Religiosas” (IOR), o Banco do Vaticano.
Na época, o papa ordenou o fechamento de 5.000 irregularidades suspeitas e introduziu regras mais rigorosas para investimentos e transações financeiras. Essas ações fizeram parte de um esforço para empurrar o Vaticano da lista de paraísos fiscais.
Desafios e sucessos em reformas
As reformas financeiras do Papa Francisco enfrentaram resistência interna, especialmente na Cúria Romana, mas o pontífice manteve a implementação da mudança.
Ele modernizou a gestão financeira e estabeleceu regras para garantir práticas éticas, incluindo o requisito de que as empresas de participar de lances do Vaticano provariam o compromisso com a segurança ocupacional e evitariam títulos a atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
Em 2023, o cardeal Giovanni Angelo Becciu foi condenado pelo Tribunal do Vaticano por sua participação no caso do investimento da Santa Sé no prédio de Londres.
O julgamento de Becciu foi o primeiro de um cardeal em um Tribunal Civil do Vaticano e foi considerado um marco na tentativa do Papa Francisco de combater a corrupção nas finanças da Igreja.
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