Em um novo estudo divulgado na terça -feira (5), a Federação de Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) estimou que, mesmo com as exceções, tarifas adicionais sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos afetam 55% das exportações no Brasil e podem comprometer mais de 147.000 empregos.
“Apesar da isenção concedida a 694 produtos-que representa cerca de 45% do valor exportado pelo Brasil para o mercado dos EUA–os efeitos na economia nacional ainda serão expressivos”, diz Fiemg.
A simulação feita pelo FIEMG chegou à conclusão de que a imposição da tarifa pode reduzir o PIB brasileiro em US $ 25,8 bilhões no curto prazo e até US $ 110 bilhões a longo prazo. A perda de renda familiar pode atingir R $ 2,74 bilhões em até dois anos, além da redução de 146.000 empregos formais e informais.
Os setores industriais mais afetados, de acordo com o estudo, serão o aço, a fabricação de madeira, produtos de calçados e máquinas e equipamentos mecânicos.
Na agricultura, destacamos o impacto no gado, especialmente na cadeia de carne bovina, que segue a lista de isenções tarifárias e representa uma parcela significativa da agenda nacional de exportação.
No caso específico de Minas Gerais, que é um terceiro maior estado de exportação para os EUA, com US $ 4,6 bilhões em exportações em 2024, o estado terá aproximadamente 37% de suas exportações isentas, especialmente itens como ferro fundido, ni-nióbic e aeronave. Como 63% da agenda de mineração permanece sujeita a tarifas, produtos como café, carne de carne e tubos de aço são alcançados.
No curto prazo, a economia de mineração pode ter uma perda de R $ 4,7 bilhões em PIB e redução de mais de 30 mil empregos em dois anos. Em um horizonte de 5 a 10 anos, os impactos podem exceder R $ 15,8 bilhões no PIB do estado e eliminar mais de 172 mil empregos. Os efeitos caem principalmente nos setores de aço, gado, fabricação de produtos de madeira e sapatos.
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Diplomacia como uma solução
O presidente do FIEMG, Flávio, Roscoe, defendeu a maneira diplomática como a maneira mais eficaz de mitigar os impactos negativos da medida.
“A imposição dessas tarifas, embora parcialmente suavizada por isenções, era unilateral e sem negociação com o governo brasileiro. É essencial que o Brasil atue diplomaticamente para expandir o número de produtos isentos, preservar sua competitividade no mercado internacional e proteger empregos e investimentos nacionais”.
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