Nas primeiras horas de 13 de junho, Israel lançou o maior ataque militar ao Irã desde a guerra com o Iraque na década de 1980. Em uma operação de alta precisão, chamada Rising Lion, os combatentes israelenses atingiram instalações nucleares, destruíram os sistemas de defesa aérea e assassinaram os três principais comandantes militares iranianos, bem como os cientistas ligados ao programa atômico.
O objetivo de Israel parece ser claro: paralisar o avanço nuclear do Irã e redesenhar o equilíbrio de forças no Oriente Médio. A mensagem implícita, no entanto, é ainda mais forte – Israel não está mais disposto a esperar que a diplomacia funcione. E, se necessário, está pronto para agir sozinho.
É uma bacia hidrográfica. A escalada quebra não apenas a lógica de contenção que prevaleceu nos últimos anos, mas também deslegitima canais diplomáticos, especialmente os esforços dos EUA para negociar um novo acordo nuclear com Teerã. A Casa Branca nega envolvimento, mas o ataque expõe a fragilidade da autoridade americana na região. Nem mesmo Trump foi capaz de conter seu aliado ardente.
As conseqüências econômicas desse conflito ainda são imprevisíveis, mas os primeiros sinais chegaram. A citação do petróleo dispara, refletindo temores de ataques às rotas comerciais do Golfo. A tensão ameaça a estabilidade de países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito – todos altamente dependentes da segurança energética e do comércio marítimo. Os investidores procuraram refúgio de ouro e dólar, e as sacolas globais reagiram com a aversão ao risco.
Leia também
Os futuros de Dow Jones caem mais de 400 pontos após o ataque israelense ao Irã, aumentando os preços do petróleo
Por que a ameaça iraniana dispara o preço do petróleo?
O Irã faz um novo ataque e Israel diz que ‘dezenas de mísseis’ foram libertadas; Sirenes tocam em Jerusalém
No médio prazo, o conflito pode travar cadeias de suprimentos globais, inflação da imprensa nas economias ocidentais e comprometer a retomada econômica em países emergentes. Além disso, existe o risco de o Irã responder assimetricamente por ataques terroristas, sabotagem ou ativação de milícias na Síria, Líbano e Iêmen.
Mas o efeito mais perigoso pode ser outro: o ressurgimento da raça nuclear. A operação israelense reforça a tese cada vez mais popular entre os radicais iranianos, de que apenas uma bomba atômica garante a sobrevivência. Se o Irã realmente optar por acelerar seu programa – e há sinais dele – a região pode passar para um cenário de várias potências nucleares. A Arábia Saudita, Türkiye e até o Egito não vão assistir passivamente.
O mundo entrou em uma nova era de imprevisibilidade, onde as guerras localizadas têm efeitos globais imediatos. Israel visa uma bomba no Irã. Mas pode estar despertando um Oriente Médio com vários.
E o que esperar dos próximos dias?
Ataques adicionais de Israel são possíveis, e o Irã, ainda atordoado, procurará responder – direta ou indiretamente. O risco de retaliação mal calculada envolvendo nós, aliados do Golfo e grupos extremistas é real. Por enquanto, a lógica da dissuasão foi substituída pela lógica do ataque. E em conflitos assimétricos, o maior perigo não é o próximo movimento, mas a reação que ninguém pode prever.
__
Onde assistir o maior canal de negócios do mundo no Brasil:
Canal 562 CLAROTV+ | Canal 562 céu | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadores regionais
Sinal aberto da TV: canal parabólico 562
Online: www.timesbrasil.com.br | YouTube
Canais rápidos: Samsung TV Plus, Canais LG, Canais TCL, Plutão TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos streamings
Fonte