A Índia negocia com os Estados Unidos um acordo comercial com tarifas “preferidas”, mais vantajosas do que aquelas aplicadas a concorrentes como Japão e Vietnã, de acordo com o ministro da Indústria e Indústria da Índia, Piyush Goyal.
“Teremos melhores taxas porque fomos um dos primeiros a iniciar essas negociações, e o envolvimento entre os dois países tem sido muito relevante”, disse Goyal em entrevista ao CNBC Nesta quinta -feira (24), observando que o objetivo é atingir US $ 500 bilhões em comércio bilateral até 2030.
A declaração ocorre em meio ao trecho final das conversas com Washington, que precisam ser concluídas até 1º de agosto, quando 26% de tarifas nos EUA entrarem em vigor em produtos indianos.
“Os Estados Unidos e a Índia compartilham um relacionamento muito especial. Estou confiante de que chegaremos a um acordo robusto e equilibrado”, disse o ministro, mencionando sua proximidade com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, que lidera a equipe de negociação dos EUA.
Postura firme em negociações
O otimismo do governo indiano é compartilhado pelo setor privado. Para Keshav Murugesh, presidente do Fórum de Negócios do Reino Unido da Confederação da Indústria da Índia, a Índia negocia firmemente e sem concessões automáticas. “As conversas são baseadas no mérito. A Índia não será um país submisso”, disse ele.
Murugesh também observou que os EUA têm forte interesse no acordo. “Trump e sua equipe sabem que a Índia é o futuro”.
Reposicionamento geopolítico
Segundo Goyal, o acordo com os EUA faz parte de uma mudança estratégica na Índia, que agora prioriza os acordos desenvolvidos nas nações que complementam sua trajetória de crescimento. Ele citou como exemplo o retiro da Índia no RCEP, um bloco liderado pela China, que “representava algo semelhante a um acordo de livre comércio com Pequim”.
O discurso ocorreu no mesmo dia em que o país assinou formalmente seu acordo com o Reino Unido, que prevê a isenção tarifária para 99% dos produtos indianos exportados e o corte gradual de tarifas britânicas em setores como bebidas alcoólicas e carros.
A agricultura é um ponto sensível
Mesmo confiante, Goyal reconheceu que a agricultura é um tema delicado nas negociações com os EUA. Ele evitou comentar sobre detalhes, mas enfatizou que o governo de Narendra não desistirá de proteção aos agricultores e pequenas empresas.
“Somos sempre muito sensíveis aos interesses de nossos produtores e empresas locais. E nossos parceiros americanos entendem isso”, disse Goyal.
A posição da Índia em relação ao setor agrícola é estratégica, pois mais da metade da população ativa do país depende diretamente da atividade rural, que também tem forte influência política.
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Este conteúdo foi fornecido por CNBC International e a responsabilidade exclusiva pela tradução portuguesa é do Times Brasil.