O ministro das Finanças, Fernando Haddad, disse na terça -feira (29) que o governo brasileiro está trabalhando para garantir que quaisquer negociações com os Estados Unidos ocorram com calma e em bases respeitosas, criticando a pressão por respostas imediatas à possível imposição de tarifas comerciais no Brasil.
“Às vezes vejo uma pressão de oposição por uma resposta imediata, como se o Brasil tivesse que correr depois. O estilo de Bolsonaro era extremamente subserviente e isso não corresponde à estatura do nosso país”, disse ele.
Em fala para os jornalistas, Haddad enfatizou que o presidente Luiz Inacio Lula da Silva procura liderar o diálogo com os EUA com dignidade e respeito pela soberania brasileira. “O presidente Lula não se representa. Ele representa um país que tem 200 anos de independência. Portanto, ele precisa ter uma certa liturgia para que as coisas aconteçam adequadamente”, disse o ministro.
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As declarações ocorrem em meio à escalada de tensões comerciais, depois que os Estados Unidos indicam que os produtos brasileiros podem ser tributados em 50% a partir de 1º de agosto. Haddad apressou -se por uma resposta, afirmando que o governo está focado em “mapear o que realmente está em jogo”, com base em duas letras enviadas aos americanos desde maio.
“Nosso foco é responder às duas cartas enviadas desde maio, a fim de mapear o que realmente está em jogo, o que é importante para eles e para nós e, assim, procurar uma solução”.
Segundo o ministro, os canais de diálogo estão abertos. Haddad citou conversas do vice -presidente Geraldo Alckmin com interlocutores dos EUA e suas próprias reuniões com autoridades americanas. “Quando dois chefes de estado falarão, é preciso preparação prévia, para que uma situação de subordinação entre países não seja criada”, disse ele.
Haddad também afirmou que Lula está quieto sobre um plano de contingência se as tarifas forem efetivamente implementadas. “Mais uma vez, o presidente expressou muita tranquilidade em relação ao plano de contingência. Existem vários cenários que foram apresentados. Mas quem decidirá a escala, a quantidade, a oportunidade, a conveniência e a data é o presidente”.
O ministro também destacou a história de Lula com ex -presidentes dos EUA e questionou a atual posição do governo dos EUA. “Eu me dei bem com Bill Clinton, me dei bem com Obama, Bush, Biden. Qual é a razão agora para esse tipo de postura de animosidade? Não faz sentido para o presidente Lula. Há um presidente -eleito lá, vamos negociar, vamos falar sobre bases respeitosas”, concluiu.
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