O ministro das Finanças, Fernando Haddad, disse na segunda -feira (12) que o Brasil não fará uma escolha entre os Estados Unidos e a China em meio à guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
“O presidente Lula não fará essa escolha … precisamos repensar nosso desenvolvimento, não podemos ser tão dependentes de um relacionamento bilateral”, disse Haddad em entrevista a Uol.
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Durante a entrevista, o ministro enfatizou que o Brasil não está escolhendo um bloqueio econômico. “O Brasil sabe que, para se desenvolver, precisa de bons acordos de negócios com a Ásia, bons acordos comerciais com a Europa e muito com os Estados Unidos”, disse o ministro das Finanças.
Ele disse que a conversa com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, era muito franco e educado, atacando os tópicos mais delicados.
Haddad lembrou, no entanto, que as negociações com o governo de Donald Trump estão sendo conduzidas pelo vice -presidente e ministro de desenvolvimento, indústria, comércio e serviços, Geraldo Alckmin.
Falando sobre os argumentos levados à reunião com Bessent, Haddad repetiu que a América do Sul é deficiente nas relações comerciais com os Estados Unidos. “Como você avalia uma região que é deficiente? De um ponto de vista econômico, não faz sentido. E ele próprio reconheceu quando eu disse isso e disse: olha: negociaremos, nos sentaremos à mesa para negociar”, disse o ministro.
“Do meu ponto de vista, os Estados Unidos devem procurar mais generosamente a América Latina e a América do Sul. E o Brasil, do meu ponto de vista, está fazendo a política certa”, acrescentou Haddad, que também pediu uma aparência mais estratégica dos EUA para o continente.
A maior economia do mundo, disse o detentor da fazenda, tem muito a ganhar com o maior equilíbrio e desenvolvimento regional da América do Sul.
Ao reforçar que o governo brasileiro não escolherá um lado na guerra comercial, Haddad lembrou que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, enquanto os EUA dominam a tecnologia de corte de corte. Assim, enfatizou o ministro, as duas parcerias são fundamentais para o Brasil se desenvolver.
Multilateralismo
O ministro reiterou a mensagem de que o presidente Lula acredita no multilateralismo e enfatizou que o presidente tem portas abertas para negociar no exterior.
“Ele é visto em todo o mundo como um genuíno democrata. Ele é uma pessoa que nasceu da luta contra a ditadura, venceu três eleições democraticamente, reconheceu todos os resultados quando perdeu, jogou jogo justo a vida toda e tem as portas abertas em todo o mundo.
O ministro também enfatizou na entrevista que o Brasil está em uma situação geopolítica que, se bem usada, pode favorecer o país.
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