Dado o aumento das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, o governo federal prepara um plano de contenção com cerca de 30 medidas. A proposta inclui crédito de emergência, subsídios fiscais e compras diretas de produtos para aliviar os impactos nas empresas exportadoras, principalmente micro, pequeno e médio.
A avaliação é que a nova tarifa pode pressionar o mercado de trabalho, provocar excedentes de produção e colocar empresas em uma delicada situação financeira. Segundo especialistas, o Plano do Governo procura preservar empregos em setores mais afetados pelas sanções dos EUA.
Origem política e riscos legais
O aumento das tarifas, que atinge 50% para a maioria dos produtos exportados pelo Brasil, é interpretado pelos analistas como uma decisão política, ligada à administração do presidente Donald Trump. A medida teria como pano de fundo uma tentativa de influenciar o ambiente jurídico brasileiro.
“O que Donald Trump quer é uma intervenção no ambiente legal do Brasil. Este é um problema muito sério”, disse Alex Agostini, economista -chefe da Austin Classing, em entrevista à Money Times Brasilde Times Brasil – CNBC exclusivo licenciado.
Ele afirmou que não há espaço para negociação econômica, enquanto a outra parte impõe condições políticas, o que agrava a insegurança legal e pode afetar a confiança no país.
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Produtos, exceções e pressão
O Brasil exporta aproximadamente 4.000 produtos para os Estados Unidos. Destes, cerca de 700 foram mantidos com tarifa de 10%, enquanto o restante foi incluído na nova porcentagem. Agostini apontou que produtos como carne e café ainda podem entrar na lista de exceções, dependendo da evolução das negociações.
Ele mencionou que os setores americanos americanos-EUA-como suco de laranja, carne e café, pressionam o governo dos Estados Unidos para revisar parte das medidas. Além disso, a Câmara de Comércio dos EUA e possíveis processos internos contra a decisão também podem influenciar o cenário.
Reunião e possibilidades
Uma reunião entre o ministro das Finanças, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bassett está programado para o dia 13. Agostini avaliou que a conduta desta reunião dependerá da pressão dos setores econômicos dos EUA e das reações institucionais nos Estados Unidos.
Apesar dos movimentos diplomáticos, ele considera improvável que todas as tarifas sejam revertidas. “Podemos ter algum avanço nos produtos estratégicos e essenciais para a economia dos EUA”, afirmou.
Custo de impostos e alternativas
A principal preocupação do economista é no impacto fiscal das medidas de contenção. Ele afirmou que o uso de recursos nacionais do Tesouro, embora compreensível diante da necessidade de preservar empregos, pode acentuar os desequilíbrios tributários.
“O governo tem razão em agir, mas precisa que isso seja temporário e acompanhado por alternativas mais rápidas de abertura do mercado”, disse ele. Para ele, a maneira mais viável será liberar recursos públicos em uma base de emergência, mas com cautela. “Se você deseja preservar empregos, terá que abrir o Tesouro Nacional seguro para ajudar essas empresas”, disse ele.
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