Biometria é apresentada em São Paulo após testes no metrô de Brasília

A tecnologia de Biometria na palma da mão, já comum nas cidades chinesas, começou a ser testado no metrô de Brasília e foi apresentado esta semana a empresários e gestores paulistas. A expectativa é que a solução se expanda para outras capitais e diversos serviços urbanos.

Os testes foram realizados nas estações Águas Claras e Concessionárias, envolvendo bombeiros, idosos e policiais militares. A prova de conceito recebeu feedback positivo dos usuários e validou a leitura biométrica sem contato, que permite acesso imediato às catracas.

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A solução, chamada Palmee, é operada no Brasil pelo Grupo Assertif, representante oficial da Tencent Cloud. A tecnologia foi desenvolvida pela gigante chinesa Tencent e utiliza três camadas de identificação: contorno da mão, impressão palmar e padrão da veia subcutânea, captados por sensores infravermelhos.

Segundo o presidente do Grupo Assertif, José Guilherme Sabino, a autenticação acontece em menos de um segundo. “A combinação de leitura de veias, impressão palmar e contorno da mão praticamente elimina a possibilidade de fraude e mantém a precisão mesmo em ambientes com pouca luz”, explica.

Expansão da biometria para mobilidade, edifícios e saúde

Após a etapa do metrô, a intenção é aplicar o Biometria em outros pontos de alto tráfego. Sabino aponta potencial para utilização em terminais rodoviários, aeroportos, prédios corporativos, instituições de ensino e eventos. Ele afirma que a tecnologia também pode ser usada para acessar prontuários no sistema público de saúde.

Fora do Brasil, a solução já funciona de forma consolidada nos metrôs de Pequim e Guangzhou, na Universidade de Shenzhen e em redes como 7-Eleven e China Tobacco. Só em Shenzhen, mais de 50 mil pessoas usam o Palm todos os dias, com mais de 100 mil transações por dia. No total, a tecnologia reúne mais de 40 milhões de usuários em cerca de 100 mil pontos de presença.

Segurança e infraestrutura

A taxa de erro da tecnologia é inferior a 0,00001%, segundo dados da Tencent. O sistema bloqueia tentativas de fraude por meio de fotos, vídeos ou moldes artificiais. “A operação no Brasil seguirá as regras da Lei Geral de Proteção de Dados”, afirma Sabino.

Palmee trabalha com infraestrutura Tencent Cloud, que conta com data center próprio em São Paulo desde 2021 e certificações como ISO 27001, PCI DSS, SOC e CSA STAR.

Testes biométricos no Metrô-DF

Na prova de conceito, cada posto recebeu um dispositivo para cadastramento e outro integrado à catraca. Nos primeiros 30 dias, as equipes técnicas monitorarão o uso e acompanharão o tempo de autenticação, a taxa de conversão e a fluidez operacional. Os dados serão monitorados em tempo real por meio de dashboards.

Com os resultados iniciais, empresas e gestores avaliam agora os próximos passos para ampliar o Biometria em serviços de mobilidade e outros ambientes de alta circulação.

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