O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi lançado no sábado (16) sua pré-candidatura para a presidência da República em 2026, durante a Convenção Nacional do Novo Partido. Veja o que ele disse durante o evento.
Zema afirma que o BRICS não é um bloco econômico
Em uma declaração recente, uma autoridade apontou que o BRICS, um grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, não deve ser visto como um bloqueio econômico nas linhas tradicionais. Segundo ela, o Brasil precisa priorizar as relações com os países democráticos ocidentais que compartilham raízes culturais semelhantes.
“O BRICS não é um bloco econômico. Precisamos abordar os países democráticos ocidentais que têm uma raiz cultural com muito de nós. Isso deve ser muito claro”, disse ele.
Apesar da ênfase em uma política externa alinhada pelo Ocidente, Zema reiterou que não há contradição entre manter o diálogo com países como China, Rússia e Índia e, ao mesmo tempo, fortalecer os laços com as nações européias e a América do Norte.
“Isso não quer dizer que pararemos de fazer comércio com esses países. É possível assinar acordos bilaterais com a Índia, China, com a Rússia e, no entanto, fortalecer uma união regional que faz todo o sentido”.
Para ele, o alinhamento com os países ocidentais também é estratégico em termos geográficos, políticos e culturais.
“Estar mais próximo da Europa e dos países norte -americanos faz muito mais sentido: cultural, democraticamente e geograficamente”.
Ajuste fiscal
O governador reiterou que ajustou as contas públicas de Minas e argumentou que isso pode ser feito no Brasil. Ele defendeu a iniciativa gratuita e criticou a burocracia e os regulamentos excessivos.
“O Brasil precisa de um governo com o nível de profissionalismo das empresas que criam soluções para melhorar a vida das pessoas. O que está faltando é o governo para parar de perturbar e fazer regulamentos confusos”, disse ele.
Zema também defendeu investimentos em refeições escolares e elogiou setores da economia, como agro, indústria e sistema financeiro. Segundo ele, a indústria nacional mostra competitividade quando o governo “não perturba”, o agro é cada vez mais tecnológico, usando algoritmos, geolocalização e genética, e o sistema financeiro brasileiro é uma referência na tecnologia bancária.
Críticas ao PT e ao STF
“Foi possível tornar o estado mais leve em Minas, você pode fazer no Brasil. Existe um Brasil produtivo, moderno e competitivo e esperando por um governo sério. O Brasil que queremos é o que funciona, riscos, vence e dá orgulho. É com este corajoso Brasil que chegaremos a Brasília”, disse ele.
“Chegaremos a Brasília para varrer o PT do mapa”, disse o governador, e disse que “o lulismo está destruindo o Brasil, precisamos virar esta página”.
Ele também coro para os bolonaristas que visam o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e dizendo querendo terminar o que chamou de “abuso e perseguição” do magistrado.
Críticas à Bola Familia
Quando perguntado como ele enfrentaria o desafio de ganhar votos do Nordeste, o governador reconheceu a dificuldade, particularmente, da direita, e aproveitou a oportunidade para fazer críticas à Bolsa Familia. “O brasileiro está vendo, depois de 20 anos ou mais, que receber eternamente a Bolsa Familia não melhora sua vida. É uma perpetuação de uma vida precária, sem dignidade, sem futuro. Acredito em empregos. O dia em que o nordeste acorda para isso e já está acordando, veremos essa mudança”, disse ele.
Raul Luciano/Act Press/Estadão
“Temos que criar um mecanismo de desmame para a Bolsa Familia (…). É preferível pagar a Bolsa Familia três, quatro anos para aqueles que estão trabalhando do que pagar trinta, como estamos fazendo, para aqueles que estão apenas fazendo beicinhos”, disse o governador de Minas Gerais, criticando a falta de qualificação de empregos informais. “Ele está apenas carregando massa de cimento, bolsa de cimento ou carro de lavagem na rua. Isso, há dez anos, não significa qualificação. Mas um trabalho com um portfólio assinado em uma empresa bem estruturada”, disse Zema.
Proximidade ao governador de São Paulo
Durante o evento, Zema elogiou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, destacando sua popularidade e o bom relacionamento que ambos mantêm. Segundo ele, os dois mantiveram conversas frequentes e compartilham afinidades em suas propostas.
“Tarcisio é competente. Eu me dão muito bem com ele, conversamos regularmente e admiramos seu trabalho”, disse ele.
“Ele tem aprovação excepcional em São Paulo, e temos propostas em comum”, acrescentou.
“O cenário que vejo é o direito de caminhar com vários pré-candidatos”, disse ele, sem descartar futuras alianças ou composições.
Segurança pública
Zema prometeu expandir a política de segurança pública, afirmando que o “New Cangaço” chamado já havia sido enfraquecido em Minas antes de sua administração. Ele também disse que o estado está livre de facções criminais e se prometeu trazer essa política ao país.
Alerta, ele afirmou que o Brasil “está perto de se tornar um narcoesto dominado pelo crime organizado” e prometeu acabar com facções criminais.
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Zema contesta espaço entre candidatos à direita
O movimento ocorre quando os governadores são organizados em torno de uma frente política articulada para ocupar o espaço deixado pelo ex -presidente Jair Bolsonaro (PL), que ainda é inelegível e na prisão domiciliar. Zema se junta a outros nomes, incluindo Ronaldo Caiado (União-Go), já oficialmente pré-candidato, Junior de Mouse (PSD-PR), Eduardo Leite (PSD-RS) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-Sp), citado nos bastidores.
Na semana passada, eles participaram de uma reunião para discutir estratégias conjuntas e já fizeram um novo jantar programado pelo presidente da União Brasil, Antonio de Rueda, na próxima terça -feira, 19. Ao contrário de outros rivais nesta corrida, sua candidatura não aguarda o endosso de Bolsonaro. O governador se reuniu com o ex -presidente no mês passado apenas para comunicá -lo sobre a decisão.
Apesar do passo dado no sábado, a pré-campanha de Zema terá limitações. O novo enfrentará dificuldade orçamentária e, porque não superou a cláusula de barreira, não terá acesso ao tempo de eleição gratuito no rádio e na TV, a menos que faça coalizões. Ainda assim, os líderes do partido avaliam que o mineiro é o melhor posicionado em comparação com os outros governadores, já que Tarcisio ainda aguarda uma definição de Bolsonaro, Caiado enfrenta divergências dentro de Unão Brasil, que ainda compõe o governo Lula, enquanto Ratinho Jr. e Eduardo Leite competem pelo espaço no PSD.
O lançamento contou com a presença do presidente nacional do novo, Eduardo Ribeiro, deputados federais Marcel Van Hattem, Ricardo Salles, Adriana Ventura, Luiz Lima e Gilson Marques, bem como o senador Eduardo Girão. Também participando do vice -governador de Minas Mateus Simões, ex -vice -vice -Deltan Dallagnol, secretário de Segurança de Minas Gerais, Rogété Greco e juiz aposentado Sebastioo Coelho, candidato ao Senado para o novo.
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