Após dois dias de obstrução física liderada por parlamentares da oposição, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (republicanos-PB), retomou na noite de quarta-feira (6) o comando da casa e enviou uma mensagem direta aos bolsos: “O país deve ser o primeiro, não os projetos pessoais”.
Em um discurso de cerca de dez minutos, Motta afirmou que os protestos “não se saíram bem na casa” e que o movimento estrelado pela oposição ao governo de Lula (PT) era “incompatível com a história da casa”.
“A oposição tem todo o direito de se manifestar, de expressar sua vontade. Mas o que aconteceu entre ontem e hoje não é consistente com esta instituição”, disse ele.
Desde o início da semana, os bolonaristas usaram estratégias teatrais para impedir o progresso das sessões. Os policiais cobriam a boca e os olhos com miçangas, cadeiras ocupadas do conselho e trouxeram pôsteres para o plenário. A representante Julia Zanatta (PL-SC), por exemplo, levou sua filha de quatro meses para o plenário e sentou-se na cadeira da presidência ao longo do dia. No Senado, os aliados também acorrentam à mesa da mesa.
Votação paralisada
A obstrução do trabalho na Câmara acendeu um aviso no governo sobre o futuro da agenda econômica. Entre os projetos bloqueados no Parlamento estavam a reforma do imposto de renda com isenção para aqueles que recebem até R $ 5.000 por mês, a regulamentação da reforma tributária, a lei das diretrizes orçamentárias, a isenção de conta leve para consumidores de baixa renda, o PEC de segurança e a medida provisória com compensação de IOF.
Firmeza no comando
Ao retomar a presidência, Motta ficou claro ao afirmar que ele não negociará a autoridade da tabela e que o legislador precisa “se fortalecer” para a turbulência política. Ele enfatizou que a respeitabilidade da presidência da câmara é “não -negociável”.
“Continuaremos a apostar no diálogo, mesmo quando ninguém mais acredita nessa ferramenta”, disse ele.
Segundo Motta, a partir desta quinta-feira (7), a Câmara deve se concentrar em uma “agenda pró-País”, preparada em diálogo com os líderes do partido. Ele ainda apelava pela serenidade e conformidade com as regras de procedimento. “Enquanto estiver nesta função, eu não me distanciei e não me distanciarei de serenidade e firmeza”, disse ele.
Mensagem de fervura política e indireta
Sem citar diretamente o ex -presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar por decisão do ministro Alexandre de Moraes, Motta mencionou o clima de tensão nos últimos dias: “Tivemos uma soma de eventos recentes que nos levaram a esse sentimento de ebulição”.
Os aliados de Bolsonaro pressionam a inclusão da agenda do projeto de anistia aos condenados do scammer Atos de 8 de janeiro. Sem fazer referência explícita à proposta, Motta afirmou que o Legislativo não será omitido diante dos tópicos atuais.
“Vivemos tempos normais? Não. Mas isso é exatamente neste momento que não podemos negociar nossa democracia”, disse ele.
Maneira institucional
Motta encerrou sua declaração pedindo aos parlamentares que reconheçam a legitimidade do Conselho de Administração e retornem ao debate institucional, deixando de lado ações de desempenho que, segundo ele, “não ajudem o país”.
“Esta casa é forte quando respeita sua história, seus símbolos e sua missão. A Câmara dos Deputados não será menos do que aqueles que desejam paralisá -la”.
A sessão foi fechada logo após o discurso, sem votar. As atividades normais devem retomar nesta quinta -feira.
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