Nas “Superquarta” de So -chamadas de decisões monetárias nos Estados Unidos e no Brasil, o economista Carlos Kawall, sócio da ORIZ Partners, avaliou os cenários para taxas de juros nos dois países.
Segundo ele, a expectativa para a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), nos Estados Unidos, deve manter o interesse, enquanto no Brasil o mercado ainda está dividido na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).
“Se esse desalinhamento entre a política fiscal e monetária continuar, o banco central teria que continuar aumentando o selo muito além de 14,75% ou 15%, talvez para 15,5%, 16% ou mais”, disse Kawall em entrevista a uma entrevista a Equipe realde Times Brasil – CNBC exclusivo licenciado.
O economista explicou que, no caso americano, a inflação do consumidor ainda não incorporou os efeitos das taxas de importação. Portanto, o Federal Reserve (Fed) deve esperar mais evidências antes de mudar de interesse. “Os dados da economia são inconclusivos, com alguns sinais de fraqueza, mas com o mercado de trabalho bastante robusto”, disse ele.
No Brasil, Kawall apontou que o mercado financeiro está dividido entre a manutenção da Selic em 14,75% e um aumento percentual de 0,25 pontos, elevando a taxa para 15%.
Segundo ele, dois fatores mudaram desde a última reunião do copom: a redução das incertezas globais e a continuidade de uma forte atividade econômica doméstica, especialmente no segundo trimestre. “Muitos começaram a entender que houve uma mudança relevante em relação ao cenário descrito na última reunião”, disse ele.
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Política fiscal e inflação
O economista também apontou que o principal fator de incerteza no cenário brasileiro ainda é uma política fiscal. Kawall lembrou que o governo avançou com o aumento da cobrança, como o decreto de IOF e a medida provisória nº 1303, que tributa transações financeiras de fintechs e apostas. No entanto, ele disse que a estrutura tributária atual é insuficiente para estabilizar a dívida pública e exigirá ajustes após as eleições.
Em relação às metas de inflação, Kawall afirmou que seria possível atingir o teto da meta de 4,5%, mas isso dependeria da coordenação entre a política monetária e fiscal. “O banco central entra no freio, enquanto a fazenda entra no acelerador, tanto em gastos quanto na expansão do crédito. Isso dificulta a inflação da meta”, observou ele.
Para ele, se não houver alinhamento entre as políticas, o banco central será forçado a elevar ainda mais o seleção, com consequências nas atividades econômicas e nas condições financeiras do país.
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