A reunião convocada pelo Presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) para discutir as medidas de apoio às exportações afetadas pelo aumento da tarifa – o “tarifa” chamado – terminou sem um posicionamento oficial. As fontes do Planalto Palace confirmam que, apesar dos avanços nas negociações, o plano de contingência ainda não foi concluído e não há previsão para o seu anúncio.
Além de Lula, os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Jorge Messias (Procurador-Geral da União), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Secom) e Geraldo Alckmin (Desenvolvimento), que também mantém a posição de vice-pinos.
Leia mais:
Haddad afirma que uma reunião conosco Secretário do Tesouro foi cancelada
O Banco Central planeja lançar o PIX em parcelas em setembro: aqueles que vendem receberão tudo a tempo; Quem paga pode dividir a conta
Na semana passada, Alckmin indicou que o plano seria lançado na terça -feira (9), o que gerou expectativa ao longo do dia. No entanto, o anúncio não ocorreu.
Entre as medidas previstas no plano estão as linhas de juros subsidiadas, avisos públicos para compras governamentais de produtos e programas perecíveis para adiar o pagamento de impostos.
Em uma entrevista com Times Brasil – CNBC exclusivo licenciado -, o economista e ex -diretor do banco central José Júlio Sena expressou preocupação com a possibilidade de o “plano de contingência” se tornar permanente. “No Brasil, quando essas medidas são adotadas, é muito difícil revertê -las. Vemos exemplos recentes, como a folha de pagamento que eventualmente perpetuou”, disse ele.
Paralelamente às iniciativas internas, Lula ainda está envolvida em articulações internacionais para responder às medidas adotadas pelo governo dos EUA, lideradas por Donald Trump, no contexto do bloco BRICS. Ainda na segunda -feira (8), uma conversa do presidente brasileiro com o presidente da China, Xi Jinping. No sábado passado, Lula recebeu uma ligação de Vladimir Putin, presidente da Rússia e, na última quinta -feira, o primeiro -ministro indiano Narendra Modi.
José Júlio Sena também enfatizou a importância dos canais de negociação em expansão do Brasil com os Estados Unidos. “Acredito que as conversas com a Casa Branca seriam mais produtivas se o Brasil oferecesse algo em troca, algo que foi benéfico para nós. Sou a favor da redução do protecionismo brasileiro, mesmo que isso aconteça unilateralmente”, disse ele.
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas estimada, a tarifa média ponderada brasileira nas exportações para os EUA, o segundo maior parceiro comercial do país, saltou de 2,2% para 33% no momento.
Lucas Ferraz, coordenador do Centro de Negócios Globais da FGV, destaca a importância do Brasil estabelecer um canal de comunicação direto e de alto nível com o governo dos EUA. “Vale a pena iniciar o presidente Lula para conversar com Trump, cumprindo seu dever institucional e buscando separar disputas internas brasileiras das questões de política comercial. Negar esse diálogo devido a ressentimentos é, honestamente, pouco pragmático”, disse ele.
–
Onde assistir o maior canal de negócios do mundo no Brasil:
Canal 562 CLAROTV+ | Canal 562 céu | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadores regionais
Sinal aberto da TV: canal parabólico 562
Online: www.timesbrasil.com.br | YouTube
Canais rápidos: Samsung TV Plus, Canais LG, Canais TCL, Plutão TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos streamings