O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galipolo, disse na quinta -feira (26), em Brasília, que a discussão sobre a sustentabilidade da dívida pública ganhou centralidade no debate econômico brasileiro. A declaração foi feita durante a apresentação do relatório de política monetária de junho.
“Este é o tema que ocupou claramente aqui o debate”, disse Galipolo. Segundo ele, o país tem conduzido a discussão com avanços e bloqueios, algo adequado ao processo democrático. O presidente do BC avaliou que o cenário atual reforça a importância de estruturar medidas para garantir o equilíbrio fiscal e o controle da trajetória da dívida.
Galipolo apontou que há alguma confusão no Brasil entre taxas de juros de curto prazo, como taxas selo e de médio e longo prazo. Segundo ele, isso se deve à presença de títulos do governo ligados à Selic, que acaba trazendo diferentes conceitos de remuneração da dívida e conduzindo política monetária.
“A taxa de juros médio e de longo prazo responde muito mais a outros fatores, especialmente ao inspetor e à dinâmica da oferta e demanda no título do governo, do que à própria política monetária”, afirmou.
O presidente do BC observou que o cenário internacional contribuiu para um aumento na oferta de títulos do governo nos últimos anos, devido a esforços tributários em horários excepcionais. Ele citou a crise de 2008, a pandêmica covid-19 e as recentes tensões geopolíticas. “Nos últimos anos, houve sucessivos períodos excepcionais que exigiram esforços tributários relevantes, especialmente em países avançados, que expandiram a oferta e aumentaram o estoque de dívidas”, explicou.
Ao mesmo tempo, a demanda por esses valores mobiliários também mudou, com a participação dos bancos reduzida, as mudanças regulatórias e o envelhecimento da população, o que impactou o perfil de investimento dos fundos de pensão. O líder avaliou que esse movimento gerou um novo equilíbrio global no mercado de dívida pública, com reflexos para o Brasil.
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Mercado e eleições
Durante a conferência de imprensa, Galipolo também foi questionado sobre as dificuldades do governo para aprovar medidas de estruturação a longo prazo e as perspectivas do cenário fiscal para as eleições de 2026. Segundo ele, o Banco Central continuará cumprindo seu papel de monitorar os impactos tributários na inflação e expectativas atuais.
“O Banco Central consumirá essas informações e fará seu trabalho com a percepção da meta e demonstrará comprometimento com elas, como está fazendo”, afirmou.
Galipolo relatou que, em todas as conversas realizadas com as autoridades governamentais, como o presidente Lula e o ministro Fernando Haddad, ele encontrou a disposição de buscar soluções para tributar os desafios. “Sempre houve uma inclinação para construir propostas que oferecem sustentabilidade fiscal”, disse ele.
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