O forte alto dos preços internacionais da Cocoa abriu uma janela de oportunidades para o Brasil retomar sua relevância na produção global da fruta. Entre as décadas de 1930 e 1980, o país estava entre os líderes mundiais, com a Bahia como o principal centro de produtores, quando, no auge, produziu quase 400.000 toneladas por ano e exportou para os principais mercados de consumidores.
Essa trajetória, no entanto, foi interrompida no final dos anos 80 com a chegada da praga EnrolarOs fungos que devastaram as culturas, reduziram a produção da Bahia em cerca de 70% em menos de uma década e causaram a falência de milhares de produtores. A doença também se espalhou por toda a Amazônia e, adicionada à falta de resposta rápida, causou falência de milhares de propriedades, desemprego em massa e êxodo rural no sul da Bahia.
Desde então, o Brasil se tornou importador para atender à demanda da indústria nacional de chocolate.
Agora, o cenário internacional favorece um movimento de retomada. A recente apreciação foi causada pela queda na oferta de marfim e Gana, responsável por mais de 60% da produção mundial.
Esses países enfrentam problemas climáticos, culturas envelhecidas e a disseminação do vírus CSSV (Vírus atirado inchado de cacau). Entre outubro e dezembro de 2024, o preço da ton subiu 66% em Londres e 64% em Nova YorkDe acordo com a Organização Internacional de Cacau (ICCO).
Especialistas avaliam que a crise da oferta nos principais produtores não será resolvida a curto prazo, abrindo espaço para países com expansão, como o BrasilAumente sua participação de mercado e, em alguns casos, para exportar excedentes.
Irrigação e tecnologia
Em Ceará, a retomada começou em 2010 com um projeto da Univale Association, EmbrapaCEPLAC e produtores locais. Sob a coordenação de Diógenes agrônomos Henrique Abrantes Sarento, 12 clones foram testados, especialmente CCN51 e PS319, que atingiram rendimentos de 2,5 a 3 toneladas por hectare – Mais do que triplicar a média das áreas tradicionais.
O avanço é devido à irrigação por gotejamento, que aplica água e nutrientes diretamente à raiz, reduz as perdas e aumenta a produtividade. Segundo Rivulis, uma companhia de soluções de microirrigação, A técnica também ajuda a evitar doenças fúngicas e otimiza a absorção de micronutrientesComo a técnica permite o fornecimento de micronutrientes no momento exato de maior necessidade da planta.
Experiências semelhantes já mostraram bons resultados em países de continentes africanos, onde a irrigação localizada começou a ser adotada para mitigar as perdas causadas por secas mais graves.
Para reduzir os custos de logística, o cacau do Ceará foi criado em 2018, o primeiro setor a usar exclusivamente matérias -primas locais. A verticalização estimulou o consórcio com outras culturas, como coco e banana, e atraiu novos produtores. Hoje, o estado já tem mais de 300 hectares de culturas e deve atingir 400 hectares até janeiro de 2026.
A indústria instalada em Limoiro do Norte aumentou a produção mensal de 100 libras para até 1 tonelada, com planos de expansão para servir mercados dentro e fora do estado.
Potencial de crescimento
O modelo Ceará também pode ser replicado em outras regiões do Nordeste, Centro -Oeste e Sudeste. Segundo Sarento, a cultura exige pouco trabalho, tem boa adaptação aos consórcios e pode gerar receita bruta de cerca de US $ 150 mil por hectare, com custo estimado de US $ 22.000.
Para expandir a escala, O setor busca linhas de crédito específicasParcerias público-privadas e treinamento trabalhista. Também é necessário expandir a produção de mudas para atender à demanda por novas plantações.
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