Em um dia marcado pela expectativa com as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, as taxas de juros futuras terminaram a sessão de quarta -feira com variações mistas, refletindo a cautela dos investidores. O Comitê de Política Monetária (COPOM) anuncia a nova taxa selo após o fechamento do mercado, enquanto o Federal Reserve já confirmou a manutenção de juros, sinalizando dois cortes no final deste ano, apesar de proporcionar uma inflação mais alta.
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Em B3, o movimento também era de oscilação. Ibovespa chegou a operar no campo positivo, mas recuou no início da tarde, com a queda das ações da Petrobras e outras empresas de petróleo, depois que o presidente Donald Trump afirma que o Irã estaria aberto a negociações.
A Embraer estava avançando mais de 3%, impulsionada por uma nova ordem de 60 aeronaves. A tensão no Oriente Médio continua no radar e pode influenciar as decisões de política monetária se afetar o preço do petróleo e, consequentemente, as expectativas de inflação.
Mercado dividido na decisão do copom
De acordo com a Pesquisa Pactual da BTG com 76 participantes, realizados nos dias 16 e 17 de junho, o mercado é praticamente dividido entre manutenção (51%) e um aumento de 0,25 ponto percentual (49%) na reunião de quarta -feira. Apesar do equilíbrio nas apostas, 62% dos entrevistados avaliam que o copom deve aumentar selo, indicando que, mesmo entre aqueles que projetam a estabilidade, há percepção de fundações que justificariam o ajuste residual.
A maioria acredita que, se o Copom optar pela alta, a declaração manterá a porta aberta, mas sinalizando baixa probabilidade de um novo aumento em julho. Cerca de 46% esperam que o comitê apresente um equilíbrio de risco neutro, enquanto 40% acreditam que o BC destacará altos riscos sem sinalizar explicitamente a assimetria altista.
Em julho, 96% dos participantes não esperam nova elevação da taxa básica. Para o final de 2025, 90% do projeto selo entre 14,50% e 15,00%, reforçando a expectativa de que, se ocorrer um aumento agora, seria o último do ciclo. O consenso também aponta que os cortes de juros devem começar apenas até 2026.
Cenário fiscal e externo em foco
Na avaliação dos participantes, o cenário fiscal não mudou significativamente desde a última reunião, embora 37% apontem a deterioração. Em relação ao ambiente externo, o BTG diverge da maioria: enquanto 40% vêem uma melhoria moderada, o banco considera que o ambiente global se tornou mais desafiador, com os preços de commodities mais pressionados e a guerra no Oriente Médio, adicionando incertezas relevantes.
A caixa de câmbio mais forte ajuda, mas não muda a imagem estrutural
Na visão do mercado, a recente apreciação do Real – que passou de R $ 5,70 para R $ 5,50 – ajudou a conter pressões inflacionárias, especialmente em bens industriais. No entanto, o BTG avalia que esse alívio de câmbio não é suficiente para alterar o equilíbrio de riscos inflacionários, dado o alto núcleo dos serviços e as expectativas ainda desincocadas. Assim, o grau de restrição monetária necessário permanece alto.
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