A escalada da tensão comercial entre o Brasil e os Estados Unidos pode ter uma saída geopolítica. Especialistas avaliam que o país é capaz de se tornar um ator relevante na cadeia global de terra raradesde que não se limite à extração, mas também investe no processamento e transformação dos minérios. Paralelamente, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta -feira (18) A urgência de um projeto que cria o Política nacional de minerais críticos e estratégicosmovimento que reforça a percepção política de que as reservas brasileiras podem servir como um ativo de negociação com o governo dos EUA.
O Congresso acelera o projeto em minerais críticos
A decisão de orientar o tema foi tomada pelo prefeito, Hugo Motta (Republicanos-PB), que disse aos parlamentares ligados ao setor de mineração que o O projeto precisa ser tratado como uma prioridade. A votação sobre a urgência foi agendada para a semana passada, mas foi retirada da agenda a pedido do governo e retomada nesta sessão. Com isso, o texto deve avançar mais rapidamente na legislatura.
O governo já avaliou os minerais como uma carta estratégica
No executivo, a discussão também estava sendo feita. O governo avalia que os minerais podem ser usados como um carta estratégica para reduzir os impactos de tarifa 50% imposto pelo governo Donald Trump. O ministro das Finanças, Fernando HaddadEle até disse: “Temos minerais críticos e terras raras. Os Estados Unidos não são ricos nesses minerais. Podemos fazer acordos de cooperação para produzir baterias mais eficientes na área tecnológica ”, afirmou.
Missão de Negócios lidou com o tema em Washington
No início de setembro, um missão comercial Brasileiro organizado por Confederação Nacional da Indústria (CNI) Ele estava em Washington para discutir oportunidades estratégicas. Entre os temas apresentados estavam a produção de combustível sintético para aviação, etanol, instalação de data centers e, acima de tudo, a exploração de terras raras.
Na época, o sujeito foi tratado como moeda Nas negociações com as autoridades dos EUA, diante da pressão tarifária. A agenda incluiu reuniões na embaixada brasileira, reuniões com escritórios de advocacia, grupos de lobby, câmara de comércio dos EUA e contatos com membros do governo dos EUA. Nos bastidores, O movimento da classe executiva continua.
Descoberta em Araxá reforça o potencial
No nível interno, o Brasil ganhou um novo elemento. O australiano Mineração de St. George anunciou a descoberta de depósitos em Araxá (mg)região já conhecida pelo potencial mineral. A descoberta reforça a posição do país como uma reserva de terras raras relevantes, com a possibilidade de expandir as exportações e atrair investimentos.
Especialistas defendem o processamento no país
Para André PimentaCoordenador de CIT/Senai Rare InstituteO Brasil só se consolidará neste mercado se puder ir além das exportações brutas. “A idéia é que o país não apenas extraia o minério, Mas faça o processamento e a transformação localmente. Indo do meu para o ímã é o que garante valor agregado e evita a lógica de importar o produto acabado mais tarde ”, disse ele em entrevista ao Times Brasil – CNBC exclusivo licenciado.
Pimenta ressalta que tanto o nióbio quanto as terras raras são estratégicos Para setores como automotivo, construção, semicondutores, eletrônicos, equipamentos médicos e defesa. O especialista também aponta que o Brasil tem uma tradição de mineração e universidades que desenvolvem tecnologias de processamento há mais de uma década – o desafio é levar esse conhecimento ao setor industrial.
A China mantém o monopólio global
Este debate ocorre enquanto a China continua a dominar Produção global. O país é responsável por 70% da extração e cerca de 90% do processamento Das terras raras do mundo, consolidando um monopólio que lhe dá espaço para usar minerais como um ativo em disputas comerciais.
Ímãs terrestres raros são essenciais para veículos elétricos, turbinas eólicas, equipamentos de defesa, dados de alta tecnologia e eletrônicos – setores nos quais os Estados Unidos e aliados buscam reduzir a dependência de Pequim.
O exemplo da China pode ser o modelo para o Brasil encontrar uma estratégia para transformar a abundância mineral em Poder geopolítico e econômico.