Em uma entrevista ao programa Dinheiro rápidodo Times Brasil – Conteúdo licenciado da CNBCFábio d’Aquila, economista do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), analisou os resultados do estudo “O agronegócio em números: mapeando o produtor rural”. A pesquisa mostra que o setor se moveu R $ 8 trilhões Em 2024, registrou crescimento de 4% Comparado a 2023 e continua sendo um dos pilares do PIB nacional.
“Apesar do valor significativo negociado, as margens ainda estão apertadas no campo devido aos altos custos e pressão internacional sobre os preços”, disse ele D’Aquila. Segundo ele, o agronegócio mantém o protagonismo, mas enfrenta desafios de competitividade e logística.
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Como o estudo foi feito
O economista explicou que a pesquisa considera principalmente os dados de Faturas emitidas nos anos 2022, 2023 e 2024. Esta é a terceira edição do estudo, que analisa a cadeia completa do agronegócio, incluindo setores PrimárioAssim, secundário e terciário.
Segundo ele, os recortes do NCM das faturas nos permitem identificar a evolução de diferentes cadeias produtivas, destacando tendências e gargalos.
Foto: Divulgação/Ministério da Agricultura e Pecuária (mapa)
Importância histórica do setor
Perguntado quando o agronegócio se tornou tão decisivo para a economia, o economista enfatizou que essa relevância é antiga, mas ganhou força após o boom da mercadoria nos anos 2000.
“O Brasil sempre teve vocação agrícola, mas especialmente desde o primeiro governo Lula, a participação de commodities no PIB cresceu muito”, disse ele.
Ele explicou Dinheiro rápido Que essa relevância permaneceu ao longo dos anos, em parte pelo desempenho mais fraco da indústria nacional, que deu a agro mais espaço dentro da economia brasileira.
Margens compactadas e cair na participação do PIB
Apesar do movimento bilionário, o estudo mostra que a participação do agronegócio no PIB caiu de 32% para 24,2% Em 2024. “O setor enfrenta um grande desafio: compressão das margens de lucro. Muitos insumos são em dólares, com preços internacionais em ascensão, enquanto o preço de venda não se seguiu”, disse D’Aquila.
Segundo ele, culturas como soja e milho registrou uma queda de 16% nos valores, enquanto os custos de entrada aumentaram 30%aprofundando o desequilíbrio.
Relacionamento comercial com a China
O estudo não tem foco internacional, mas destacou o papel relevante de China em algumas correntes.
“No caso do café, houve um aumento significativo nas importações chinesas em 2024, além do alto preço da bolsa. Isso foi decisivo para o crescimento da cultura”, explicou D’Aquila.
Ele enfatizou que, embora o relatório esteja centrado no desempenho interno, o relacionamento Brasil-China tem peso direto em setores estratégicos, como café e soja.

Bandeiras da China e Brasil
Projeções otimistas e gargalos estruturais
Pesquisa aponta para uma projeção de crescimento de até 29,4% No PIB do agronegócio em 2025, o nível mais alto em 22 anos. “É um valor de teto que mostra o potencial do setor, mas ainda temos gargalos importantes, especialmente a logística”, disse D’Aquila.
Ele ressaltou que o frete pago pelo agro brasileiro é mais que o dobro da média, devido às longas distâncias e à precariedade do transporte rodoviário. Segundo ele, superar essas barreiras é essencial para liberar a capacidade ociosa no campo.
Tecnificação e modernização do campo
O estudo também destaca a evolução tecnológica e a formalização no setor. “O número de produtores cresceu entre 2022 e 2023, mas de 2023 a 2024 esse avanço foi mais discreto, sinalizando que não é apenas a expansão base, mas a modernização e a mecanização”, disse o economista.
Ele mencionou isso O aumento de transações ligadas a tratores, insumos e serviços agrícolas mostra um agronegócio cada vez mais estruturado e maior.
“O agro brasileiro não é mais apenas agrícola para se consolidar como um agronegócio, menos dependente do preço internacional e mais sustentado pela demanda interna”, acrescentou.
Incertezas conosco com tarifas
Comentando o cenário de 2025, D’Aquila avaliou os riscos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. “É um cenário desafiador e ninguém pode dizer com certeza o que acontecerá. A tarifa pode prejudicar culturas como café e açúcar, mesmo que alguns tenham obtido isenções temporárias”, disse ele.
Ele afirmou que, diante das incertezas, o foco deve ser reduzir a dependência das exportações concentradas em um único mercado. “Quanto menos dependemos de um país, mais resiliente será o agro brasileiro diante de crises e mudanças externas”, concluiu.
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