O líder do PT na Câmara dos Deputados, deputado Lindbergh Farias, pediu nesta terça-feira (18) que a Polícia Federal (PF) amplie as investigações sobre o Banco Master para incluir os aportes bilionários feitos pelo governo de Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, por meio do Rioprevidência. A informação foi confirmada por Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBC.
O parlamentar afirma que o fundo de pensão dos servidores públicos investiu entre R$ 960 milhões e R$ 1 bilhão em títulos de mestrado em outubro de 2025, mesmo após advertências formais do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) sobre altos riscos e possíveis irregularidades.
“Apresentarei petição à PF para que o objeto da investigação seja ampliado para incluir irregularidades ligadas a planos de previdência, em especial, às operações do Rioprevidência, cujos aportes ultrapassaram R$ 1 bilhão na referida instituição, mesmo após a proibição pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro”, escreveu Lindbergh em publicação no X.
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O deputado destacou ainda que, segundo documentos oficiais, a exposição total do Rioprevidência ao Master atingiu aproximadamente R$ 2,6 bilhões, cerca de 25% da carteira do fundo. O TCE-RJ classificou a destinação como imprudente, apontou indícios de má gestão e determinou que o governo Cláudio Castro avaliasse uma intervenção imediata no município.
Aporte bilionário do Rioprevidência
Em maio de 2025, o TCE-RJ já havia solicitado esclarecimentos formais ao Rioprevidência e alertado sobre a concentração excessiva em ativos vinculados ao Banco Master. Em outubro, o tribunal reforçou a proibição de novos aportes e destacou que os títulos ofereciam retornos “incompatíveis com o mercado”, além de associar o risco ao estado crítico da instituição financeira.
Mesmo assim, o Rioprevidência confirmou ter investido cerca de R$ 960 milhões em Letras Financeiras emitidas pela Master, alegando que as operações estavam dentro da legislação e ancoradas em fundos que continham em sua maioria títulos públicos federais.
A nova frente de investigação ocorre um dia depois de a Polícia Federal prender Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, em São Paulo, durante a operação Compliance Zero. O banqueiro foi detido quando tentava embarcar num voo para Dubai.
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A PF investiga suspeitas de emissão de títulos falsos, gestão fraudulenta, organização criminosa e irregularidades que, segundo os investigadores, podem ter gerado prejuízos estimados em até R$ 12 bilhões. No mesmo contexto, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da Master e suspendeu todas as suas operações.
Risco para as pensões
O caso levanta um alerta sobre a segurança dos recursos de 235 mil servidores públicos aposentados e pensionistas do Rio, já que parte relevante do patrimônio do Rioprevidência pode ter sido investida em instrumentos de alto risco sem suporte técnico. Especialistas temem que a exposição bilionária gere perdas estruturais para o fundo e pressione o governo estadual a disponibilizar recursos adicionais.
Para Lindbergh, a gravidade da situação exige uma investigação imediata sobre a conduta dos gestores e a responsabilidade do governador Cláudio Castro. Em sua publicação, reforçou que “em julho, foi identificado que cerca de R$ 2,6 bilhões, equivalentes a 25% de todos os recursos aplicados pelo fundo, estavam expostos a títulos emitidos ou fundos administrados pela Master”.
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