O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rompeu publicamente com uma das mais leais apoiantes do núcleo duro trumpista, a congressista Marjorie Taylor Greene. Em postagem na rede social Truth Social nesta sexta-feira (14), o republicano chamou Marjorie de “louca” e disse que poderia apoiar um candidato para concorrer contra ela nas eleições de meio de mandato do ano que vem.
O relacionamento de Trump e Marjorie azedou nos últimos meses devido às críticas da congressista ao tratamento dado pelo governo aos arquivos do empresário Jeffrey Epstein. O republicano também criticou o foco de Trump nas questões internacionais e pediu-lhe que voltasse a atenção às questões internas.
Na publicação, Trump acusou Marjorie de ter ido “demasiado para a esquerda” nas suas posições políticas. Ele disse que tudo o que a congressista fez nos últimos meses foi reclamar, acrescentando que está irritado com os telefonemas de Marjorie. “Não posso atender ligações de um lunático reclamante todos os dias.”
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A deputada respondeu na rede social X. Ela disse que Trump a atacou e mentiu sobre ela. A republicana compartilhou uma captura de tela de uma mensagem de texto que ela disse ter enviado ao presidente americano sobre a divulgação dos arquivos de Jeffrey Epstein.
Marjorie disse que é “realmente surpreendente o quão arduamente Trump está lutando para impedir que os arquivos de Epstein sejam divulgados, a ponto de atingir esse nível”, referindo-se à votação da próxima semana na Câmara dos EUA sobre a divulgação dos arquivos de Epstein.
“Apoiei Trump com muito do meu precioso tempo, muito do meu próprio dinheiro, e lutei mais por ele, mesmo quando quase todos os outros republicanos viraram as costas e o denunciaram”, acrescentou a congressista. “Eu não adoro nem sirvo Donald Trump.”
Quebrar
A posição de Trump pareceu pôr fim às fissuras que se agravaram após as eleições deste mês, nas quais os eleitores mudaram para os democratas em Nova Jersey e na Virgínia, preocupados com o aumento do custo de vida.
Na semana passada, Marjorie disse à NBC News que “ver líderes estrangeiros chegarem à Casa Branca através de uma porta giratória não está ajudando os americanos”. Ela apelou a Trump para se concentrar nos problemas internos, como o aumento dos preços, em vez da sua recente ênfase nos assuntos externos. Trump respondeu dizendo que Greene “se perdeu”.
Questionado sobre os comentários de Greene na sexta-feira, enquanto voava de Washington para a Flórida, Trump reiterou que sentiu que “algo aconteceu com ela nos últimos dois meses”, dizendo que se ele não tivesse ido à China para se encontrar com o presidente Xi Jinping, isso teria prejudicado o estado natal de Marjorie, a Geórgia.
Naquela época, Trump já havia dito que muita gente vinha ligando para ele querendo desafiar Marjorie nas primárias.
Epstein cita Trump em e-mail
Deputados do Partido Democrata divulgaram nesta quarta-feira, 12, uma série de e-mails em que o empresário Jeffrey Epstein afirmava que o presidente americano sabia dos crimes cometidos pelo magnata e “passava horas” com uma das vítimas de Epstein.
Após a divulgação dos e-mails, a Casa Branca acusou os democratas de tentarem difamar o presidente. “O facto é que o presidente Trump expulsou Jeffrey Epstein do seu clube. Estas histórias nada mais são do que tentativas de má-fé de desviar a atenção das conquistas históricas do presidente Trump”, disse a secretária de imprensa Karoline Leavitt num comunicado.
Por outro lado, os democratas do Comitê de Supervisão da Câmara disseram que os e-mails levantaram novas questões sobre a relação entre Epstein e Trump. Os documentos chegaram às mãos da oposição depois que a comissão intimou judicialmente o espólio do empresário para entregá-los.
Num dos e-mails, Epstein alude a Trump ter sido um dos únicos membros do seu círculo pessoal a não se manifestar sobre as acusações contra ele e acrescenta: “Ela (uma vítima) passou horas na minha casa com ele (Trump), e ele nunca foi mencionado (no processo) nenhuma vez”.
Num outro email, este dirigido ao jornalista Michael Wolff, biógrafo de Trump, quando o republicano estava na Casa Branca, Epstein diz que Trump “sabia das raparigas” que abusava, “tanto que ele (Trump) pediu a Ghislaine (sua companheira, condenada por tráfico de crianças) que parasse”.
(Com PA)
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