Ações de terras raras despencam com expectativa de que China adie controles de exportação, diz governo dos EUA – Times Brasil

As ações de vários mineiros de terras raras cotados nos EUA caíram na segunda-feira, depois de autoridades norte-americanas terem dito que esperam que a China adie a implementação de controlos de exportação de minerais críticos como parte de um acordo comercial mais amplo.

A Critical Metals caiu 8,5% nas negociações de pré-mercado, enquanto a USA Rare Earth caiu 7,2%. As ações da MP Materials caíram 5,3% e a Trilogy Metals perdeu 5%. Energy Fuels e NioCorp Developments caíram 4% e 6%, respectivamente.

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O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse ao programa Meet The Press da NBC News neste domingo (26) que Washington e Pequim devem chegar a um acordo para evitar uma nova tarifa 100% americana sobre produtos chineses, com a expectativa de que a China adie a imposição de controles rígidos à exportação de terras raras.

As declarações foram feitas antes da reunião de alto nível entre o líder chinês Xi Jinping e o presidente Donald Trump, marcada para esta quinta-feira (30).

Na segunda-feira, Trump disse que os Estados Unidos e a China estavam “no caminho certo para chegar a um acordo comercial”. Falando a bordo do Air Force One a caminho do Japão, numa viagem de uma semana pela Ásia, o presidente disse que tinha “muito respeito pelo presidente Xi”.

Trump já havia ameaçado impor novas tarifas de 100% sobre as importações chinesas a partir de 1º de novembro e disse na época que a Casa Branca também aplicaria controles de exportação a “todo e qualquer software crítico”.

Por seu lado, a China anunciou no início deste mês um novo quadro regulamentar para restringir as exportações de terras raras – uma medida interpretada como um duro aviso ao Ocidente e um reflexo da crescente desconfiança entre Pequim e Washington.

A China é o líder indiscutível na cadeia de abastecimento global de minerais críticos: produz cerca de 70% do abastecimento mundial de terras raras extraídas e processa quase 90% do total, o que significa que também importa alguns destes materiais de outros países para os refinar.

“Os detalhes ainda são limitados e nada será finalizado até a reunião Trump-Xi”, disse Tobin Marcus, analista da Wolfe Research, em nota aos clientes datada de 26 de outubro.

“Mas uma nova trégua parece agora quase certa, com a China provavelmente adiando completamente os seus controlos às exportações de terras raras por um ano, o que é melhor do que a alternativa de um acordo que concede licenças”, acrescentou Marcus.

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