O Amazônia disparou o Engenheiro palestino Ahmed Shahrourque foi suspenso desde setembro depois protestar contra o envolvimento da empresa com o governo israelense.
Shahrour, que serviu como engenheiro de software na Whole Foodsem Seattle (EUA)recebeu nesta segunda-feira (13) um e-mail informando seu demissão definitiva.
Em setembro, quando o funcionário foi suspenso, o Amazônia alegou que a medida se devia mensagens publicadas por ele no Slack internoem que criticou os laços da empresa com Israel.
Acusações e justificativas da Amazon
O Amazônia informou que a decisão de demitir Ahmed Shahrour foi levado depois conclusão de uma investigação internaque apontou violações dos padrões de conduta da empresapara política de comunicação escrita e em regras de uso aceitáveis.
Segundo a empresa, o engenheiro “utilizou recursos da empresa de forma inadequada, incluindo a publicação de diversas mensagens não relacionadas sobre o conflito entre Israel e a Palestina”.
Em mensagem obtida por CNBCum funcionário do departamento de recursos humanos comunicou formalmente a demissão:
“Nas próximas 24 horas você receberá um e-mail com informações detalhadas sobre sua rescisão, incluindo detalhes sobre seus benefícios e o acordo final. Agradecemos suas contribuições durante seu tempo na Amazon e desejamos sucesso em suas próximas etapas.”
Reações e protestos relacionados à demissão
Um grupo de funcionários ligados a Ahmed Shahrour lançou um Comunicado de imprensa nesta segunda-feira (13) afirmando que o engenheiro estava demitido após cinco semanas de suspensão “por protestar contra o contrato de US$ 1,2 bilhão (aproximadamente R$ 6,56 bilhões) da Amazon com o governo e as Forças Armadas de Israelconhecido como Projeto Nimbus” Segundo o grupo, Shahrour denunciou que o acordo representa colaboração no genocídio em curso em Gaza.
O engenheiro tinha pediu à Amazon para rescindir o contratoque envolve o fornecimento de ferramentas de inteligência artificial, data centers e infraestrutura tecnológica ao governo israelense. Além das manifestações internas, Shahrour também protestaram publicamente e distribuíram panfletos na sede da empresa, em Seattle.
Em nota para CNBCShahrour chamou sua demissão de “um claro ato de retaliação, feito para silenciar as vozes palestinas na Amazon e proteger a colaboração da empresa no genocídio da supervisão interna.”
Posicionamento oficial da Amazon
O Porta-voz da Amazon, Brad Glasserafirmou em nota CNBC que a empresa “não tolera discriminação, assédio ou qualquer tipo de comportamento ou linguagem ameaçadora no local de trabalho”.
A declaração reforça a posição da empresa de que renúncia de Ahmed Shahrour aconteceu porque violação de políticas internase não por motivação política ou ideológica.
“Quando um comportamento desse tipo é relatado, investigamos e tomamos as medidas apropriadas”, disse Glasser.
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Contexto do conflito e acontecimentos recentes
A demissão do engenheiro coincidiu com a primeiro dia do novo acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamasque prevê a libertação dos primeiros sete reféns israelenses sobreviventes e o libertação de quase 2.000 palestinos detidos ao longo do dia – um processo mediado com o apoio direto de Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A guerra, que começou em 7 de outubro de 2023começou quando militantes do Hamas atacou o sul de Israelmatando por aí 1.200 pessoas e sequestro centenas de reféns. Desde então, Israel conduziu uma ofensiva militar contínuaquem já saiu mais de 67 mil palestinos mortosde acordo com o Ministério da Saúde de Gaza – entre eles, milhares de civis.
Reação do setor tecnológico ao conflito
Nó setor de tecnologiaa mobilização de trabalhadores que se opõem à cooperação com as Forças Armadas de Israel.
Em Quinta-feira (10)o engenheiro de Microsoft, Scott Sutfin-Glowskirenunciou depois 13 anos na empresaafirmando que não poderia mais contribuir para o que ele considera “as piores atrocidades do nosso tempo”.
Em carta interna, ele citou um relatório do Imprensa Associada que revelou que o Exército israelense tem pelo menos 635 licenças ativas da Microsofte criticou a falta de diálogo entre os executivos sobre o conflito.
O Microsoft já havia demitiu dois funcionários em agosto devido a protestos realizados dentro da sede. Em Abril de 2024o Google também demitiu 28 funcionários que protestaram contra o envolvimento da empresa em Projeto Nimbus.
Posições das empresas de tecnologia no Projeto Nimbus
O Projeto Nimbusavaliado em US$ 1,2 bilhãoé um contrato conjunto entre o Governo israelense, Amazon e Googleque prevê o fornecimento de infraestrutura em nuvem, inteligência artificial e data centers.
O Amazônia nunca confirmado oficialmente os detalhes do acordo, limitando-se a afirmar que fornece tecnologia aos clientes “onde quer que estejam”. Já o Google afirma que seus serviços são “computação em nuvem de uso geral”e não se destina a operações secretas ou militares.
Por sua vez, o Microsoft declarou em agosto que a maior parte de seu trabalho com as Forças Armadas de Israel envolve segurança cibernéticareiterando que busca agir com ética e responsabilidade.
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