Durante sua declaração na Assembléia Geral da ONU em Nova York, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a Rússia responderá decisivamente a qualquer tentativa de agressão. As declarações seguem os comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, que defendia ações para matar aeronaves russas em caso de estupro do espaço aéreo.
Em uma entrevista à Times Brasil – Licenciado exclusivo da CNBC, Valdir da Silva Bezerra, mestre da Universidade Estadual de São Petersburgo, analisou que as linhas de Lavrov refletem a intenção da Rússia de manter o controle sobre os incidentes envolvendo seu espaço aéreo e sistemas de defesa de teste de países vizinhos.
Segundo Bezerra, equipamentos não tripulados detectados na região perto da Polônia, entre a Bielorrússia e a Ucrânia, mostram que a situação é estratégica. “O que foi apontado é que a Rússia testaria o sistema de identificação aérea de países como a Polônia e os Estados Bálticos, para saber quanta condições ele se encontra, talvez, talvez, em algum momento, uma invasão que seja por drones ou outras armas”, disse o especialista.
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Ele ressaltou que o incidente com a Estônia, cujo espaço aéreo teria sido invadido por combatentes russos por cerca de 10 minutos, reforça a percepção de alerta alto na Europa e na OTAN. Bezerra também afirmou que esses movimentos tendem a consolidar a opinião européia de que é necessário continuar apoiando a Ucrânia.
Em relação ao uso de drones no conflito, o especialista analisou que a guerra atual se tornou uma “guerra de drones”, destacando o modelo iraniano do Irã da Rússia e o Bayraktar, matado turco, empregado pela Ucrânia. Segundo ele, esses equipamentos são “capazes de destruir todo o espaço em que estamos conversando neste momento” e são considerados estratégicos de ambos os lados.
Bezerra também comentou os impactos econômicos e logísticos da guerra. Ele lembrou que regiões como Mariupol, Zaprizia e a usina nuclear de Zaprizia representam centros industriais e energéticos relevantes, com um impacto direto no PIB ucraniano. Sua análise indica que nem a Rússia nem a Ucrânia estão dispostas a ceder para combater os territórios hoje, enquanto os Estados Unidos têm menos envolvimento direto e podem adotar uma postura mais flexível.
O especialista avaliou que as declarações de Lavrov também refletem tentativas de colocar “panos quentes” em relação às tensões recentes, mas essa escalada tecnológica e militar mantém a Europa e a OTAN em alerta. Bezerra também enfatizou que, apesar das expectativas de uma reunião entre Trump, Zelenski e Putin, não há definições claras sobre novas reuniões multilaterais.
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