O ex -presidente do banco central e um dos arquitetos do plano real, Gustavo Francoavalia que o Brasil precisa ter “sangue frio” nas negociações com os Estados Unidos antes do tarifa imposto pelo governo Donald Trump.
Em uma entrevista exclusiva com o apresentador Marcelo Torres, Franco analisou os impactos da disputa comercial, a política fiscal brasileira, a trajetória de interesse e o desempenho de Gabriel Galipolo em frente ao BC.
Negociações com Trump
Para Franco, o gesto de Trump, propondo uma reunião com o presidente Lula segue o estilo republicano: “Combinando criadores, anúncios bombásticos com contratempos e degraus traseiros”. Segundo ele, esse padrão requer paciência da diplomacia brasileira.
“É preciso sangue frio, é claro. É uma espécie de negociação incomum e não muito da tradição diplomática. Mas você precisa jogar o jogo”, disse ele.
Ele ressalta que o governo brasileiro reagiu corretamente adotando uma postura discreta até a sinalização de abertura da Casa Branca.
“Tarifa é um estresse extra”
Questionado sobre os efeitos práticos da tributação dos EUA, Franco minimizou a necessidade de ajustes imediatos, mas não escondeu o desconforto:
“É um estresse extra, como se não tivéssemos mais problemas em casa, especialmente inspetores e interesse muito alto. É uma má notícia, que espero que seja fugaz”.
Crescimento limitado
Na avaliação do ex -presidente do BC, o Brasil continua a crescer abaixo do potencial porque Escolhas tributárias e monetárias andam em direções opostas.
“O crescimento do Brasil está envergonhado pelas escolhas fiscais do governo, que estão gastando, e as escolhas do banco central, enfrentando a defesa da moeda. É como pisar no acelerador e no freio ao mesmo tempo. O resultado é um crescimento muito pequeno na face do potencial”.
Franco critica a postura do governo de não reconhecer os problemas tributáriosque, em sua opinião, compromete a eficácia da política monetária.
Otimismo com interesse
Apesar dos desafios, Franco vê otimismo no mercado. Para ele, a recente apreciação da bolsa e o fortalecimento do real estão ligados à expectativa de se cair seletivo.
“Uma visão otimista de interesse prevalece. Há quase certeza de que eles cairão, porque são muito altos e a única maneira está baixa. A questão se torna quando começa a cair”.
Ele ressalta que essa percepção já influencia os preços dos ativos: “Tudo o que vai acontecer, o mercado tende a pensar que já está acontecendo. Então, a alegria se acalmou um pouco no mercado financeiro”.
Galipolo
Sobre a gerência de Gabriel Galipolo, Franco elogiou a capacidade de transição e a manutenção da “cultura doméstica” no BC.
“Ele absorveu muito bem essa cultura e se tornou uma peça importante em um momento histórico. O estilo do glypol não é muito diferente do Campos Netro, e isso é positivo: o banco central deve ser conduzido pelas regras, o regime da meta de inflação. É isso que garante a independência”.
Argentina
Franco também comentou a tentativa do governo de Javier de estabilizar a economia argentina. Para ele, os avanços tributários iniciais foram “surpreendentes”, mas os desafios de troca e inflação ainda exigem apoio internacional.
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