O IRS está desenvolvendo uma plataforma de tecnologia sem precedentes para operacionalizar os novos impostos sobre valor agregado (IVA), criado pela reforma tributária. O sistema terá uma estrutura equivalente a 150 vezes a do PIX, pois precisará processar cerca de 70 bilhões de documentos fiscais anualmente, cada um com volume muito maior de dados do que uma transação financeira.
O projeto nasce da necessidade de apoiar o novo modelo tributário, que substituirá os PIs, Cofins, IPI, ICMS e ISS com impostos da CBS (federal) e IBS (estadual e municipal). A idéia é unificar a cobrança, simplificar os processos e reduzir as violações por fraude.
Pagamento dividido em tempo real
Uma das principais inovações será o Pagamento divididoUm recurso que direcionará automaticamente os valores tributários para os cofres, estados e municípios da União no momento da transação eletrônica.
Assim, o valor devido não passará pelo dinheiro das empresas, o que reduz atrasos e dificulta a ação das empresas de fachada que emitem faturas adulteradas.
Esse mecanismo também deve reduzir drasticamente o chamado “Denailing para inadimplênciaQuando o imposto é cobrado pelas empresas, mas não é transmitido ao governo. As estimativas dos contribuintes indicam que a medida pode recuperar centenas de bilhões de reais por ano em cobrança.
Reembolso para famílias de baixa renda
Outro pilar do sistema será o reembolso de impostos para famílias registradas no registro único. O modelo prevê o retorno mensal de parte dos impostos pagos, beneficiando especialmente aqueles que têm renda familiar de até meio salário mínimo per capita.
No caso de serviços básicos, como eletricidade e água, haverá descontos automáticos: 100% CBS e 20% de IBS na fatura. O CAIXA ECONOMICA FEDERAL será responsável pela operação de retornos, que serão feitos diretamente aos beneficiários.
Suporte a empresas com calculadora oficial
As empresas terão acesso a um calculadora oficial Integrado ao sistema, que calculará automaticamente os impostos e emitirá alertas em caso de inconsistências. Isso permitirá que os erros sejam corrigidos antes das multas, facilitando a adaptação ao novo modelo tributário.
A plataforma também exigirá maior profissionalização do gerenciamento de negócios, pois poderá cruzar informações de escala e identificar divergências quase imediatamente.
Cronograma de implementação
O projeto piloto começa em 2026, com cerca de 500 empresas participando de testes sem coleta eficaz. Em 2027, a plataforma opera na CBS, com a extinção de PIs e cofins.
Entre 2029 e 2032, haverá uma transição gradual para a IBS, substituindo o ICMS do estado e a ISS municipal. Durante esse período, as taxas atuais serão reduzidas enquanto o novo imposto for incorporado.
Tecnologia e escala sem precedentes
O desenvolvimento envolve os técnicos e engenheiros de receita da Serpro de grandes empresas de tecnologia. A escala do projeto é sem precedentes: cada fatura eletrônica carrega 150 vezes mais informações do que uma transferência de pix e o sistema terá que lidar com esse fluxo maciço em tempo real.
Ao fechar violações de evasão, a plataforma também permite medidas de inclusão social, como reembolso, e procura simplificar a vida cotidiana das empresas com ferramentas digitais.
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