A Organização Mundial do Comércio (OMC) revisou sua projeção às transações globais em 2025. Agora, a entidade espera crescimento de 0,9%, depois de estimar uma queda de 0,2% em abril. Apesar da melhoria, a estimativa está abaixo da projeção inicial do ano, um aumento de 2,7%, calculado antes da tarifa do governo dos EUA.
No ano passado, o comércio cresceu 2,9%. Na atualização, lançada na sexta -feira (8), a OMC leva em consideração, principalmente, a antecipação de importações nos Estados Unidos (+11% em volume no primeiro tempo em comparação com o ano anterior). Ao mesmo tempo, a organização prevê impacto no comércio global no próximo ano. Portanto, atinge sua projeção para 2026 – crescimento de 2,5% para 1,8%.
“O comércio global mostrou resiliência diante de choques persistentes, incluindo aumentos recentes de tarifas”, disse o diretor-geral da OMC Ngozi Okonjo-Iweala. “As importações avançadas e a melhoria das condições macroeconômicas proporcionaram impulso modesto às perspectivas de 2025. No entanto, o impacto total das medidas tarifárias recentes ainda está se desenrolando”.
Segundo ela, a “sombra da incerteza tarifária” ainda paira sobre as empresas, influenciando os planos de confiança e investimento. “A incerteza continua sendo uma das forças mais perturbadoras do ambiente comercial global”.
O crescimento das importações nos Estados Unidos no primeiro tempo, com diferentes performances no primeiro e no segundo trimestres, deve resultar em menos demanda a partir de agora, acredita a OMC. “Espera -se que essa correção ocorra na segunda metade de 2025, mas alguns só ocorrerem em 2026 e depois”, disse a entidade.
A OMC acredita que o comportamento de exportação comercial nos EUA e no Brasil aumenta temporariamente. “Portanto, esse fator aumentará temporariamente as perspectivas para 2025”. A organização acrescenta que isso aconteceu em outros países, embora com menos intensidade, possivelmente “por temores de retaliação”.
Além disso, a OMC estima que as perspectivas macroeconômicas globais são mais favoráveis do que em abril. A depreciação do dólar contribui para isso, pois melhora as condições das economias em desenvolvimento. “A queda dos preços do petróleo também deve apoiar o crescimento das economias manufatureiras, embora possa reduzir simultaneamente a demanda de importação nas regiões produtoras de petróleo”.
Finalmente, a reciprocidade tarifária pode afetar as importações nos Estados Unidos e restringir as exportações de seus parceiros de negócios no segundo semestre deste ano e mais de 2026.
O Diretor Geral observa que, pelo menos até agora, foi evitado um “ciclo mais amplo de retaliação ocular, que poderia ser muito prejudicial ao comércio global”.
Saber mais:
“Estamos antecipando o futuro”, diz CEO da Chilli Beans sobre a substituição da moeda chinesa
EUA desistem de novas taxas contra a China pela compra de petróleo da Rússia
Alckmin cobra aprovação rápida do plano para conter o impacto tarifário dos EUA e diz que não haverá impacto tributário
Na projeção da OMC, as economias asiáticas continuam sendo o principal fator do comércio mundial, mas com um peso menor em 2026. A América do Norte pesará negativamente este ano e em seguida, mesmo com menos impacto negativo do que o esperado.
A Europa foi em 2025 de “moderadamente positivo” a “um pouco negativo”. Não há dados específicos para a América Latina ou Brasil, mas a entidade afirma que a economia cujas exportações estão ligadas à energia terão menos contribuição até 2025 e 2026, “à medida que os preços mais baixos reduzem as receitas de exportação e diminuem a demanda de importação”.
A OMC (confira o exposto) estima que as importações para a América do Norte caam 8,3% este ano, uma projeção mais baixa que abril (-9,6%). “Esse impacto positivo foi acompanhado por um aumento mais forte que 4,9% esperado nas exportações da Ásia, acima de 1,6% da previsão anterior”, afirmou a organização.
“O crescimento de exportações e importações da Europa este ano, de -0,9%e 0,4%, respectivamente, será um pouco mais fraco do que planejamos em abril, enquanto as exportações da América do Norte serão menos negativas (-4,2%)”.
–
Onde assistir o maior canal de negócios do mundo no Brasil:
Canal 562 CLAROTV+ | Canal 562 céu | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadores regionais
Sinal aberto da TV: canal parabólico 562
Online: www.timesbrasil.com.br | YouTube
Canais rápidos: Samsung TV Plus, Canais LG, Canais TCL, Plutão TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos streamings