O mundo acorda nesta sexta -feira (15), com os olhos se virados para o Alasca, onde às 16:30 GMT), os presidentes dos EUA Donald Trump e Rússia, Vladimir Putin, se reúnem na reunião mais esperada dos últimos tempos. Na agenda, as negociações que podem encerrar duas guerras – a causada pela invasão russa da Ucrânia e o conflito comercial entre os dois países que ameaçam ter reflexões em todo o mundo, incluindo o Brasil.
Um acordo pode descartar a ameaça de Trump de 100% por países que compram o petróleo de Moscou. Sessenta por cento de todo o diesel importado pelo mercado brasileiro nos últimos quatro anos vieram da Rússia, um negócio de US $ 13 bilhões (US $ 70 bilhões na cotação atual). Portanto, quinta -feira era expectante.
A economia da Rússia, afetada pelas sanções tarifárias de Trump, depende muito de suas vendas brutas de petróleo, com o crescimento esperado próximo a 1,4% este ano, em comparação com 4,3% em 2024, de acordo com as previsões de junho do Banco Mundial.
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Impacto econômico e geopolítico
A reunião tem potencial para repercussões significativas, tanto no campo diplomático quanto nos mercados. Nas últimas 24 horas, a cotação de petróleo refletiu o clima de expectativa: o barril WTI subiu 2,09%, fechando em US $ 63,96, enquanto Brent avançou 1,84%, para US $ 66,84. Os analistas avaliam que um possível avanço para o cessar-fogo poderia aliviar parte das incertezas sobre o suprimento global de energia, mas também abre espaço para disputas em novas condições comerciais e geopolíticas.
O que você quer Trump
Trump chega à reunião buscando a liderança do projeto no cenário internacional e capitalizar politicamente um possível avanço nas negociações de paz – sonhos, incluindo o Prêmio Nobel. Ele diz que não aceitará pressões e promete não fechar o acordo sem a participação da Ucrânia. O republicano também acena para uma possível segunda reunião, desta vez com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes europeus, que expandiriam o alcance diplomático da iniciativa. No entanto, suas declarações anteriores sobre concessões territoriais e a intenção de “dividir” as responsabilidades geram apreensão entre os aliados ocidentais.
O que Putin quer
Putin, por sua vez, é fortalecido pelos recentes avanços no campo de batalha e com o objetivo de consolidar o controle sobre os territórios ocupados. Embora ele saiba que não será capaz de retomar em toda a Ucrânia, o líder russo busca um acordo que garante sua posição militar e política, preservando sua pressão sobre Kiev. Internamente, um cessar -fogo com vantagens territoriais reforçaria seu discurso de vitória, enquanto, no cenário internacional, ele poderia abrir espaço para negociações de sanções e até controle de armas nucleares.
O que Zelensky quer
Zelensky não foi convidado para a reunião no Alasca, que gerou críticas à conduta de negociações “sem a Ucrânia na mesa”. O presidente ucraniano defende a retirada completa das tropas russas e rejeita qualquer tarefa territorial. Para ele, o melhor cenário seria que a reunião não resultaria em concordância, o que manteria pressão internacional sobre Moscou e abriria o caminho para novas sanções. Ainda assim, os interlocutores próximos admitem que um cessar -fogo, mesmo sem reconhecimento formal de realizações russas, poderia ser considerado se isso garantisse a segurança no médio prazo.
O que esperar da reunião
A reunião ocorre no momento em que a diplomacia entre a Rússia e o resto do mundo é enfraquecida. Os analistas apontam que é mais provável que a reunião sirva de abertura para negociações mais amplas, possivelmente com a participação de outros líderes. No curto prazo, os mercados continuarão a reagir a qualquer sinal de trégua ou escalada. Dependendo do tom das declarações após a reunião, os ativos e a defesa relacionados à energia podem registrar oscilações relevantes, e a trajetória do petróleo permanecerá um termômetro sensível de expectativas.
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