Em um mercado ainda dominado por pizzarias do bairro, pulverizadas em todo o país, três grandes redes se destacam por volume de unidades e presença nacional: Domino’s, com cerca de 300 pontos de venda no Brasil; Pizza Hut, com 230 restaurantes; e Pizza Prime, único entre os três com capital e origem brasileiros.
A cadeia, nascida em São Paulo e hoje opera com 80 lojas, anunciou um plano de expansão acelerado que prevê mais que o dobro de tamanho nos próximos dois anos e meio, atingindo 200 unidades até 2027.
O executivo disse que o crescimento será puxado principalmente pela entrada em Squares Novas e pela multiplicação de lojas nos estados onde a marca já opera, como São Paulo, Minas e Paraná, bem como a abertura de uma nova frente na Rio de Janeiro – hoje a segunda maior praça de consumo de pizzas do Brasil, apenas atrás da capital estatal. O movimento na capital do estado será liderado por um multiforme exclusivo.
O fundo, que pediu para não ser identificado, comprou o direito de operação na cidade de Rio e Niterói. O objetivo é inaugurar 15 lojas até o final de 2027, com um investimento total entre US $ 4 milhões e US $ 5 milhões, priorizando o formato de entrega inteligente – um modelo mais compacto, focado exclusivamente para entregas.
A primeira unidade já entrou em operação em Barra da Tijuca em junho e a próxima está programada para setembro em Tijuca. “É tão importante quanto São Paulo para nós”, disse Concon. “É por isso que precisamos de um projeto mais estruturado para o Rio.” A ofensiva será acompanhada por ações de publicidade regionais com uma contribuição conjunta do franqueador e do investidor.
“Para cada novo ponto no Rio, a empresa dobra o valor investido pelo franqueado em marketing”, diz Concon. A estratégia visa acelerar a entrada da marca em um mercado promissor, mas altamente competitivo. O estado concentra 8% de todas as pizzarias no país, por trás apenas de São Paulo (33%) e ligeiramente à frente de Minas Gerais. Para apoiar a expansão, o Pizza Prime está expandindo sua capacidade produtiva.
A Companhia investe R $ 3 milhões na construção de uma nova cozinha central em Santana de Parnaíba (SP), com capacidade de fabricar até 30 toneladas de massa por mês – volume equivalente ao parque de tecido Indaiatuba, também no interior de São Paulo.
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A estrutura reforça o modelo vertical da rede, que controla a produção das massas e parte dos insumos usados em lojas franqueadas. A padronização da qualidade e a eficiência logística são apontadas como vantagens competitivas no processo de expansão nacional.
Criado a partir da tradicional pizzaria La Traviatta, no bairro de aclimatação, a marca começou a operar como uma franquia em 2010 e, desde então, procura crescer, mantendo a identidade visual exclusiva e o menu padronizado em todas as lojas. Hoje, a rede opera com três formatos principais de franquia: uma loja completa de lounge, entrega com ponto físico e a entrega inteligente mais enxuta, apenas para entregas.
Os investimentos começam em US $ 179.000 e podem atingir US $ 349.000, dependendo do modelo e da localização. A empresa também testa um formato de quiosque, destinado a quadrados de alimentos, universidades e locais de grande fluxo, com o apoio de parceiros como a Guarana Antártica. A expectativa do franqueador é que esse canal represente até metade da expansão nos próximos anos.
Além disso, a empresa reforça seu desempenho em campanhas promocionais e ações de visibilidade para posicionar a marca em novas frentes. “Não estamos apenas abrindo uma loja. Estamos consolidando um padrão nacional de consumidor para pizza artesanal de qualidade, com preço acessível e entrega eficiente”, resume o CEO. A capital do estado segue o mercado principal da rede e deve concentrar pelo menos 50 novas unidades Pizza Prime até 2027, com prioridade ao interior do estado e ao sul da capital.
A empresa também confirma a assinatura de 14 novos contratos de franquia em São Paulo, bem como unidades a caminho em Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Bahia. “São Paulo representará pelo menos 40% da expansão nos próximos anos”, diz Concon. A escolha dos quadrados é feita com base em dados de consumidores e logística, considerando regiões com um forte hábito de entrega e onde a concorrência direta com pizzarias tradicionais é mais pulverizada.
O objetivo da marca é construir a capilaridade sem comprometer a margem: de acordo com a empresa, a receita média das unidades é de cerca de R $ 210 mil por mês, com margem líquida de 12% a 16%. O setor de pizzarias no Brasil está experimentando um momento de forte dinamismo. Em 2024, mais de 3.800 novas casas foram abertas no país, que já possui 36,5 mil pizzarias em operação (excluindo MEIS), de acordo com dados da Apubra (Association United Pizzarias do Brasil).
Em busca de novas maneiras de aumentar seu desempenho, a empresa também explora novos canais de visibilidade: em maio, fez uma parceria com a Azul Linhas Aéreas para fornecer 48.000 pizzas em voos internacionais de Campinas (SP) para a Flórida. O sucesso da ação levou à renovação do contrato por mais dois meses e abriu portas para novas campanhas, concentrando -se em destinos na Europa e nas datas comemorativas. “A pizza é um produto afetivo. Quando acertamos a entrega e o gosto, cria uma experiência memorável”, diz o executivo.
Cinco perguntas para Gabriel Concon, CEO da Pizza Prime
DC News Agency – Qual é o perfil típico dos franqueados Pizza Prime?
Gabriel Concon – são bastante variados. Existem empreendedores experientes e pessoas que reuniram dinheiro para empreender e mudar suas vidas. O importante é ter uma estrutura de gerenciamento e ser um operador suave – ou seja, participar da operação. Muitos franqueados têm mais de uma loja. ”
DC News Agency – Você ainda tem participação direta nas lojas?
GABRIEL CONCON – Participei de cerca de 40% das unidades, cerca de 30 lojas, que ele administrou com meus irmãos em São Paulo. Eu vim de uma rede com parceiros, por isso continuamos com este formato de gerenciamento familiar.
DC News Agency – Quais são as principais diferenças culturais entre as regiões onde o Pizza Prime opera?
GABRIEL CONCON – No sul e norte, precisamos adaptar o cardápio – no sul, por exemplo, temos que ter pizza de frango; No norte, sabores regionais, como o camarão Jambu. São Paulo e Rio já vendem praticamente o mesmo produto, apesar das diferenças.
DC News Agency – Como está a competição entre São Paulo e Rio?
GABRIEL CONCON – São Paulo tem maior concorrência e um público mais exigente, com um nível mais alto de profissionalismo no setor de serviços de alimentação. O rio é desafiador por outros motivos, mas tem um impressionante poder de vendas.
DC News Agency – Quais são os maiores desafios logísticos em diferentes regiões?
Gabriel Concon-no norte e nordeste, é mais difícil garantir matéria-prima de qualidade a um preço justo. Em São Paulo, a força de trabalho é alta, apesar do melhor acesso a insumos. Cada região tem seus próprios desafios.
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