O economista americano Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel de 2008, disse que a isenção ao suco de laranja do Brasil é um sinal de que os Estados Unidos precisam do país.
Ele novamente fez críticas à nova política comercial do presidente dos EUA, Donald Trump, no dia em que as acusações do mundo seriam acusadas. A tarifa acabou sendo adiada para a próxima semana.
Para Krugman, a tributação da cabeça da Casa Branca para o Brasil é um “flagrante” que Trump quer influenciar a política interna do país e ilustra a “ilegalidade” da tarifa. “Trump pode pensar que pode governar o mundo, mas ele não tem o suco de laranja do Brasil”, diz ele em uma análise divulgada na sexta -feira (1º).
O economista diz que as negociações de Trump com o Brasil são “incomuns” e suas demandas são “diferentes” das feitas a qualquer outro país, cujo imposto de 50% é “consideravelmente maior”. “Trump ligou explicitamente tarifas ao Brasil à ousadia do país ao juiz o ex -presidente Jair Bolsonaro por tentar reverter uma eleição que perdeu”, diz ele.
O Nobel está acusando Trump de ser um “inimigo da democracia e da responsabilidade por aspirantes autoritários”. “Mas sabíamos disso”, diz ele. O economista americano também observa que é “totalmente ilegal” para os EUA usarem as taxas para tentar influenciar a política interna de outro país.
“Praticamente tudo o que Trump fez em termos de comércio é ilegal, mas no caso do Brasil é completamente flagrante”, diz ele. Segundo ele, as razões para a imposição de tarifas são limitadas, como uma situação de emergência econômica, mas esse não é o caso dos EUA, que “estão indo muito bem”, nas palavras da cabeça da Casa Branca.
“Portanto, o confronto com o Brasil ilustra especialmente claramente a ilegalidade da onda das tarifas de Trump”, diz ele. Por outro lado, a tributação dos produtos brasileiros, em sua opinião, também ilustra a “diferença entre a quantidade de poder que Trump aparentemente pensa que tem e a realidade”.
Um sinal claro é a isenção de suco de laranja fresco, 90% dos quais é fornecido pelo Brasil. “Aparentemente, precisamos do que o Brasil nos vende. E essa é uma admissão implícita de que, diferentemente das declarações constantes de Trump, consumidores americanos, não exportadores estrangeiros, pagam tarifas”, diz ele.
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O vencedor do Nobel também cita o café, que estava fora da lista de cerca de 700 isenções dos EUA para o Brasil. “O que alguns de nós querem saber é por que o suco de laranja, com o qual as pessoas podem viver sem, está recebendo uma pausa, enquanto o café, um nutriente absolutamente essencial, não é”, ele pergunta.
Já na política, Krugman observa que a tributação de Trump ao Brasil está tendo “efeitos opostos”, com a melhoria da aprovação do governo do PT no país. “Em um eco do que aconteceu no Canadá, onde a pressão de Trump salvou claramente o governo liberal de perdas eleitorais maciças, as ameaças contra o Brasil fizeram maravilhas pela popularidade de Luiz Inacio Lula da Silva, o atual presidente”, diz ele.
Ele discorda do critério que aponta para os EUA como o segundo parceiro comercial mais importante do Brasil. Ao considerar todos os países europeus adicionados, a China está isolada, representando 28%das exportações no Brasil, mas a União Europeia (UE) sobe para a segunda posição, com uma fatia de 13,2%, enquanto os EUA caíam para o terceiro, com 12,1%, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (IMF).
“Trump e seus conselheiros realmente pensam que podem usar tarifas para intimidar uma nação de mais de 200 milhões de pessoas a abandonar seus esforços para defender a democracia quando vende 88% de suas exportações para os Estados Unidos?” Diz Krugman. “De fato, ele (Trump) está sem querer dar ao mundo uma lição sobre os limites do poder dos EUA”, conclui.
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