O banco central divulgado na segunda-feira (16) o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) de abril, que registrou um aumento de 0,2%. Nos 12 meses acumulados, o indicador tem 4%de adiantamento. O índice é usado como um desempenho anterior mensal do produto interno bruto (PIB) e reflete o movimento dos setores de agricultura, indústria e serviços.
“A atividade econômica ainda continua com algum nível de aquecimento, resistindo às taxas de juros, mas isso deve mudar nos próximos meses”, disse Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, em entrevista à entrevista do jornal Money Times Brasil, de Times Brasil – CNBC exclusivo licenciado. Segundo ele, o crescimento modesto de abril foi sustentado exclusivamente pelo setor de serviços.
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Segundo Agostini, a agricultura e a indústria apresentaram desempenho negativo no período, enquanto os serviços mantiveram o ritmo positivo, ainda impulsionado pelo emprego, renda e gastos sociais. O setor é responsável por aproximadamente dois terços do PIB e tende a reagir mais lentamente aos aumentos de juros, à medida que menos crédito e mais sobre a dinâmica do mercado de trabalho.
Para o economista, os programas sociais e a expansão dos gastos públicos sustentaram a demanda. “O governo federal colocou mais combustível no consumo por meio de programas sociais e expansão de despesas, que adiou o efeito da política monetária nos serviços”, explicou.
A incompatibilidade fiscal se preocupa
O especialista destacou a preocupação com a conduta da política fiscal, especialmente diante do cenário atual de altas taxas de juros. Segundo ele, o governo priorizou a cobrança, aumentando os impostos e desencorajando investimentos, como no caso de uma nova taxa de imposto de 5% em operações financeiras isentas, focadas no financiamento imobiliário e no agronegócio.
Agostini afirmou que existem alternativas para o ajuste de contas públicas, como privatização e reforma administrativa, mas que o governo escolhe aumentar a receita. “É como uma família que gasta mais do que você ganha e recorre ao cheque especial para fechar o mês”, comparou ele.
O economista também apontou que o legislativo e o judiciário contribuem para o desequilíbrio fiscal, aumentando as despesas e resistindo a cortes. “Existe no Brasil um sério problema chamado fisiologismo político e corporativismo do judiciário, e que paga o projeto é a população com mais impostos”, disse ele.
Expectativas de interesse e atividade
Em relação ao “Super Quarto” de So -chamado de decisões monetárias, a Agostini projetou a manutenção da taxa de juros no Brasil, atualmente em 14,75%, e poderia atingir 15% no segundo tempo. Para os Estados Unidos, a expectativa é de estabilidade de curto prazo, com possível queda da segunda metade do ano.
O economista -chefe da Austin Rating também apontou que o Brasil deve enfrentar uma desaceleração econômica moderada no segundo semestre de 2025, com um impacto mais forte no setor de serviços, à medida que o mercado de trabalho é afetado por altas taxas de juros. “Por enquanto, não é uma crise, eles são ajustes em andamento, mas os riscos são graves”, concluiu.
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