De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), a Páscoa deve representar um alívio financeiro para estabelecimentos no setor.
De acordo com uma pesquisa da entidade, 71% dos empresários esperam aumentar as receitas durante o feriado prolongado entre sexta-feira (18) e segunda-feira (21)-e 40% dizem que o aumento deve estar entre 5% e 20% acima da receita do ano passado, o que significa ou excede a inflação do período (em março, a IPCA de 12 meses foi de 5.48%).
Paulo Solmucci, presidente executivo da Abrasel, diz que a data traz uma importante oportunidade para os negócios reequilibrarem. “O setor ainda enfrenta desafios notáveis, com mais de dois terços das empresas operando sem lucro”, afirmou. “Portanto, datas sazonais, como a Páscoa, representam oportunidades de fortalecimento para muitas empresas que operam no limite”.
O braço de São Paulo de Abrasel também identifica espaço para um crescimento significativo das receitas. De acordo com o Abrasel-SP, estabelecimentos especializados em frutas de peixe e mar podem obter maior receita entre 30% e 50% em comparação com uma semana comum.
A boa notícia é que esse tipo de data aumenta não apenas endereços especializados e segmentados, mas também os locais variados do menu – de acordo com a entidade, o consumo de pratos baseados em peixes nesses locais pode crescer até 15%.
Luiz Hirata, presidente do Conselho da ABRASEL-SP, diz que a Semana Santa é uma grande oportunidade para essa respiração nas receitas. “É importante usar a criatividade e fazer um menu especial para a data, incluir sobremesas baseadas em chocolate e investir em promoções”, disse Hirata. “Além disso, é essencial fazer um programa e divulgar ações nas mídias sociais, fornecendo a opção de reservas iniciais”.
Um ponto destacado pelos líderes do setor é o cuidado das margens, porque, apesar da previsão de aumento da receita, os custos dos custos são pressionados pelo aumento dos preços dos alimentos, nacionais e importados. Joaquim Saraiva, diretora executiva da Abrasel-SP, diz que para minimizar as perdas tem sido essencial para melhorar o gerenciamento de controle de inventário e a reutilização de ingredientes.
“Alguns estabelecimentos estão substituindo itens importados ou mais caros por alternativas locais e sazonais, mantendo a qualidade”, disse ele. Outra estratégia apontada por Saraiva é introduzir pratos temporários com promoções para atrair clientes sem comprometer as margens de lucro. “Pequenos ajustes, como valores de arredondamento ou criação de combos, ajudam a suavizar o impacto do aumento dos clientes”.
O setor de supermercados também aposta no crescimento, mas em menor escala em comparação com bares e restaurantes: de 8% a 12%. É isso mesmo considerando o aumento dos preços. De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAs), ovos de chocolate e produtos relacionados (bares, chocolates e minivows) tiveram uma média alta de 14%, e as colombas eram 5% mais caras.
Entre os itens e bebidas importados, a variação, de acordo com a associação, foi de 18% para azeite, 10% no preço do COD e 7,5% para vinhos importados, perto de 7% para os vinhos nacionais. “Apesar da pressão inflacionária sobre itens sazonais, o cenário aponta para uma Páscoa de consumidor aquecida”, disse o vice -presidente da Abras, Marcio Milan.
“O equilíbrio entre as ações comerciais disponíveis e bem -estruturadas deve garantir o bom desempenho do período”. A entidade estima que 51% do fluxo de compras para o feriado acontecerá nesta semana, com 20% concentrados no sábado.
O otimismo de bares e restaurantes e supermercados, no entanto, pode ser travado pela dinâmica econômica que combina altos preços e endividamento familiar. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) estima que as vendas de Páscoa poderão registrar estabilidade em comparação com o ano passado, de acordo com o modelo de varejo do Instituto de Economia Gastão Vidigal do ACSP (IEGV/ACSP).
De acordo com o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, embora o emprego e a renda continuem a crescer, fortes aumentos no preço do chocolate, motivados pelo preço do cacau, em um contexto de alta endividamento e alta inflação de produtos básicos, “deve deixar o volume de vendas quase igual ao ano passado”.
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