A carta enviada pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos aos bancos brasileiros colocou o sistema financeiro do país sob pressão do futuro dos pedidos de leis de Magnitsky, um mecanismo usado pelo governo dos EUA para punir indivíduos acusados de violar os direitos humanos ou praticar corrupção.
O recebimento da carta foi revelado por agências internacionais e confirmado por fontes de mercado, mas os detalhes permanecem sob confidencialidade.
De acordo com Vinícius Torres Freire, comentarista de Times Brasil – CNBC exclusivo licenciadoAs sanções planejadas podem variar. “Um banco, brasileiro ou em qualquer outro lugar, pode ser punido por ajudar alguém sancionado com base na lei de Magnitsky. No limite, pode até ser proibido de fazer transações conosco e entidades legais. Essa situação é muito grave, especialmente para instituições financeiras”, disse ele.
O impacto potencial é bastante amplo, mas sem uma referência anterior. A legislação americana prevê de multas administrativas a processos criminais, que podem incluir sentenças de prisão. Ainda mais crítico seria o risco de exclusão do sistema financeiro dos EUA, o que tornaria impossível para operações em dólares e o uso de serviços internacionais de cartão de crédito, como Visa e MasterCard.
No mercado, a interpretação mais difundida é que as restrições se aplicam a operações ou serviços baseados nos EUA nos EUA, mas não a transações internas em reais. Ainda assim, há preocupação de que a postura americana se torne mais difícil devido ao contexto político.
Para a analista Mariana Almeida, a imprevisibilidade sobre sanções futuras gera maior aversão ao risco e retração de investimentos. Segundo ela, sem saber o que pode acontecer, os bancos podem se sentir pressionados a diminuir a oferta de crédito de investimento diante da falta de clareza.
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos EUA (OFAC) é o órgão responsável por aplicar e supervisionar as sanções. Até agora, não há clareza sobre como a coleção será feita em relação às instituições brasileiras.
Caso anterior
Em 2014, o BNP Paribas, o maior banco da França, foi multado em US $ 8,9 bilhões para quebrar sanções ligadas a Lei de Magnitsky. Violações ocorreram entre 2004 e 2012, quando o banco se apresentou sobre US $ 30 bilhões em transações com países sob o embargo dos EUA, como Cuba, Irã e Sudão.
Para fechar o caso, o BNP concordou em pagar a multa, foi proibido de executar determinadas operações em dólares e necessário descartar 13 funcionários envolvido.
O que os bancos dizem
- Santander Brasil“Não há informações sobre tópicos regulatórios envolvendo a matéria protegida pelo sigilo bancário. O banco atua com estrita conformidade com todos os padrões e leis locais e internacionais aplicáveis e mantém seus processos de governança alinhados com as melhores práticas globais”.
- Itaú Unibanco: não comentou.
- Bradesco: não comentou.
- BTG Pactual: não comentou.
- Banco do Brasil: Ele disse que responderá por e -mail.
- Febbraban“Febbraban não recebeu informações sobre a eventual declaração da OFAC. De qualquer forma, essas comunicações são confidenciais e não são direcionadas a Febbraban”.
Qual é a Lei Magnitsky
A lei de Magnitsky foi criada nos Estados Unidos em 2012, em resposta à morte do advogado russo Sergei Magnitsky, que havia denunciado um esquema de corrupção em Moscou. A legislação permite que o governo dos EUA imponha sanções a indivíduos e entidades envolvidas na corrupção ou violações dos direitos humanos, proporcionando as principais punições para proibir a entrada dos EUA e o bloqueio de bens e transações financeiras. Seu alcance é global e pode chegar a estrangeiros, bancos e empresas que mantêm relacionamentos com pessoas sancionadas. Na prática, sua aplicação também geralmente envolve outros padrões, como a lei internacional de poderes econômicos de emergência.
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