O Itamaraty confirmou oficialmente a reunião bilateral entre os presidentes dos Brasil, Luiz Inácio Lula da Silvae o Estados Unidos, Donald Trumpem Kuala Lumpurem Malásiaonde ambos participam do Cimeira da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático). A reunião, que poderá definir o futuro da tarifa nas exportações brasileirasespera-se que 15h30 (horário local) – 4h30 horário de Brasília – não Centro da cidade de Kuala Lumpur (KLCC).
Segundo o Itamaraty, a imprensa não poderá comparecer à reuniãomas um representante do governo brasileiro falará aos jornalistas logo após a reunião, apresentando um panorama inicial.
Por causa da reunião com Trump, o horário da Cúpula Empresarial Brasil-Malásia foi ajustado para 16h30 (horário local).
O Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBC vai fazer cobertura completa direto da capital malaia, com o correspondente Diego Mezzogiorno. Nos estúdios, nossa equipe de jornalistas e analistas trará as primeiras impressões do encontro, com perspectivas sobre o futuro das relações entre os dois países e a evolução do mercado e dos diversos setores da economia.
Dos bastidores à mesa de negociações
Aguardado desde o início das tensões comerciais entre os EUA e o Brasil, que culminaram em sobretaxas às exportações brasileiras (50% no total), o encontro começou a ser desenhado após um breve conversa entre Lula e Trump nos bastidores da Assembleia Geral da ONUno final de Setembro, seguido de uma telefonema no dia 6. Segundo Mezzogiorno, “todos os sinais indicam a disposição de Donald Trump em negociar com o Brasil”.
Pressões internas e pragmatismo diplomático
Para o economista e professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisano momento é favorável:
“Trump chega sob pressão da resistência interna às tarifas – não apenas do setor agrário, mas também de empresários americanos com cadeias produtivas ligadas ao Brasil. Eles são seis mil empresas que dependem desta relação bilateral.”
Do lado brasileiro, Lula chega com vantagem diplomática.
“O Brasil não retaliou e manteve o diálogo aberto. Mauro Vieira desempenhou um papel central nas reuniões com Marco RubioSecretário de Estado americano, deixando claro que o país pertence ao Ocidente e mantém equilíbrio nas relações com a China. Isso abriu portas”, diz Trevisan.
Mercado atento e impacto econômico
O analista Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBC, Rodrigo Loureiroreforça que a reunião deve influenciar diretamente os mercados.
“Seja qual for o resultado, a reunião tem o potencial de fazer preço na segunda-feira. Ele pode selar a paz comercial ou aprofundar o conflito tarifário”, explica ele.
Além de ministros e conselheiros, Lula viajou com mais de 100 empresáriosnum esforço conjunto para procurar acordo comercial mais equilibrado.
Loureiro lembra que tarifas já causaram queda de 22% nas exportações brasileiras em agosto e contração de até 50% em setembro em alguns estados. O setor madeireiro foi um dos mais atingidos, com 10 mil empregos afetados e 4 mil demissões.
“É uma relação que importa para os dois lados, mas prejudica mais a economia brasileira. Se não houver reversão, vai virar um bola de neve econômica.”
Para os EUA, a medida também tem o seu preço. Tarifas em café, sumo de laranja e Madeira aumento dos custos de insumos e fornecimento industrial pressionado.
“Trump tem motivações eleitorais para resolver o problema – ele não quer ser visto como o ‘presidente de aumento de preços’ às vésperas das eleições intercalares”, observa o analista.
Exportações
Cronograma — A tarifa EUA x Brasil (abril a outubro de 2025)
2 de abril de 2025 – Trump assina o Ordem Executiva 14257criando o pacote tarifário “Dia da Libertação”, com Taxa básica de 10% nas importações de praticamente todos os países.
10 de julho de 2025 — Lula ameaça se candidatar Tarifas de 50% em resposta, se os EUA aumentarem as tarifas sobre os produtos brasileiros.
21 de julho de 2025 — O governo brasileiro reconhece que não há acordo imediato com os EUA e que o negociações para evitar aumento tarifário eles não avançaram.
25 de julho de 2025 – Um CNI anuncia missão empresarial a Washingtoncom foco no diálogo com Departamento de Comércio dos EUA e medir o impacto das tarifas na indústria nacional.
30 de julho de 2025 -Trump impõe taxa adicional de 40% em produtos brasileiros, totalizando 50%. No mesmo dia, o governo americano divulgar exceções para suco de laranja, aeronaves civis e peças, ferro líquido, celulose, Castanha do Pará e energia.
6 de agosto de 2025 – Para o Tarifas de 50% entram em vigoralcançando café, carne bovina, madeira processada, móveis e produtos manufaturados.
13 de agosto de 2025 — O governo lança o plano “Brasil Soberano”com R$ 30 bilhões em crédito, garantias de exportação, prorrogação de prazos fiscais e incentivos diplomáticos para mitigar os efeitos dos preços.
3 de setembro de 2025 – CNI e CNA executar missão conjunta a Washingtonreunindo mais de 30 setores discutir tarifas e propor soluções comerciais.
9 de setembro de 2025 — Técnicos da Fazenda e do Itamaraty entregam ao Planalto um proposta de retaliação setorialmas Lula opta por adiar qualquer resposta, priorizando o diálogo.
20 de setembro de 2025 – Um CNA apresenta um relatório apontando Queda de 30% nas exportações agrícolas e 10 mil empregos perdidos no setor madeireiro.
24 de setembro de 2025 – Fiesp e Itamaraty encontrar-se com o Embaixador americano no Brasil e pergunte revisão parcial das tarifas industriais.
27 de setembro de 2025 – Lula e Trump se cumprimentam brevemente na ONUem Nova York, sinalizando distensão.
6 de outubro de 2025 — Os dois líderes fazem Videoconferência de 30 minutos; Lula pede fim das tarifase Trump admite revisar as condições “sob as circunstâncias certas”.
9 de outubro de 2025 – Mauro Vieira e Marco Rubio acertar reunião técnica em Washington para discutir comércio e tarifas.
15 de outubro de 2025 — Lula confirma que o negociações comerciais continuam e que o encontro com Trump será em breve.
16 de outubro de 2025 — Brasil e EUA anunciam encontro presencial entre Lula e Trump durante o Cimeira da ASEANem Malásia.
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