Joachim Nagel, membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), afirmou que, embora a inflação continue persistente, a trajetória atual das taxas de juro permanece clara.
Em entrevista à repórter Karen Tso, do CNBCdurante as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington, esta quarta-feira, o presidente do Bundesbank (banco central da Alemanha) declarou: “Não vejo razão para mudar nada, a menos que surja algo novo – e não vejo de onde isso poderá vir”.
Numa entrevista exclusiva, Nagel disse que as tensões globais em torno das tarifas comerciais criaram uma “situação em que todos perdem”, mas destacou a recente força da economia alemã como motivo de optimismo para a Europa.
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Os institutos económicos alemães reviram em alta as suas projeções de crescimento para 2025, enquanto o Goldman Sachs prevê que a economia do país continuará a expandir-se 1,4% em 2026 e 1,8% em 2027.
Nagel apontou o crédito privado como uma área de preocupação, dizendo que o tamanho do mercado e os “efeitos colaterais de participantes menos regulamentados” são fatores que os reguladores precisarão monitorar de perto.
Numa outra entrevista exclusiva, François Villeroy de Galhau, também membro do Conselho do BCE, defendeu uma postura de “pragmatismo ágil” em relação à trajetória das taxas de juro. “Estamos numa boa posição… mas uma boa posição não é uma posição fixa”, disse ele.
Diferentemente da opinião do seu colega Nagel, o presidente do banco central francês sugeriu que o próximo movimento nas taxas de juro tenderia a ser um corte e não um aumento.
A declaração surge depois de ter celebrado um momento de maior clareza política em França, onde o recém-renomeado primeiro-ministro Sébastien Lecornu suspendeu o controverso plano de reforma das pensões que estava no centro do impasse político do país. Villeroy disse que os legisladores agora precisam lidar com a incerteza fiscal.
Pierre Wunsch, presidente do Banco Nacional da Bélgica, afirmou noutra entrevista exclusiva que a probabilidade de novos cortes nas taxas “tem diminuído nas últimas semanas ou meses”, em parte devido à valorização do euro.
“A inflação nos serviços ainda está nos 3%, por isso é algo que precisamos de monitorizar. Os bens, produtos energéticos e industriais não energéticos estão próximos de zero ou de 1%, o que puxa a inflação para baixo”, explicou, acrescentando que a expectativa é que a inflação em 2026 seja menor.
Os investidores reagiram positivamente aos desenvolvimentos políticos desta semana.
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Este conteúdo foi fornecido por CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.