O ministro das Finanças, Fernando Haddaddisse na quinta -feira (31) que o governo brasileiro recorrerá a instâncias apropriadas nos Estados Unidos e órgãos internacionais contra a Casa Branca anunciou recentemente tarifas sobre produtos brasileiros.
Segundo ele, embora o Brasil esteja “em um ponto de partida mais favorável do que se imaginou”, ele ainda está “longe do ponto de chegada”.
Haddad classificou medidas como injustas e argumentou que os setores afetados indevidamente são imediatamente considerados nas negociações. “Há muita injustiça nas medidas anunciadas. Existem setores afetados que não precisariam ser afetados e alguns casos são dramáticos”, disse ele.
O ministro afirmou que o aviso do secretário Scott Bessent entrou em contato com o governo brasileiro para agendar uma segunda rodada de conversas. O primeiro ocorreu em maio na Califórnia. Ele mostrou expectativa positiva, mas enfatizou que as negociações ainda exigirão esforço. “Se o senso comum prevalecer, chegaremos ao outro lado da piscina, sal e sal”, disse ele.
Plano de contingência
Segundo o ministro, a fazenda deve anunciar um plano de contingência nos próximos dias com medidas para proteger a indústria e o agronegócio. Ele explicou que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Secretariado do Trabalho de Política Econômica na delimitação de linhas de crédito e apoio a setores prejudicados pelas novas tarifas, considerando não apenas o tamanho de cada setor, mas também sua fragilidade.
“Às vezes, o setor é pequeno, mas é importante manter empregos no Brasil”, explicou. Ele disse que o governo analisará em uma base de caso e até mesmo produtos que possuem mercados alternativos precisarão de tempo de adaptação para reajustar contratos.
Haddad enfatizou que a posição brasileira foi serena e madura e que o país procurará sensibilizar os EUA para os efeitos colaterais das medidas tarifárias, especialmente dentro do Mercosur. “Nunca saímos da mesa. E isso não é agora que vamos embora”, disse ele.
Questionado sobre a exclusão de mais de 700 produtos do governo dos EUA anunciou, o ministro evitou comentar diretamente, mas disse que havia sinais recentes de abertura dos EUA para os argumentos do Brasil. “Nos últimos dez dias, parecia haver uma sensibilidade maior da parte deles”, disse ele.
Em um tom crítico, Haddad comentou o impacto simbólico da medida em produtos típicos de café da manhã nos EUA. “Quando eles anunciaram a tarifa, eu disse que o café da manhã seria mais caro. Era suco de laranja, café, carne. E parte dele foi revertida”, lembrou. O setor de suco de laranja, em particular, foi citado como um exemplo de integração complexa entre as cadeias produtivas de ambos os países.
“Somos uma das democracias mais consolidadas do mundo. Qualquer cidadão brasileiro tem instrumentos de defesa, dentro e fora do Brasil. Não há razão para agressão externa”, afirmou.
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