O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse em uma entrevista na terça -feira que os países que importam da Rússia podem ser direcionados a 100%se novas sanções econômicas forem aprovadas pelo Congresso dos EUA.
Segundo ele, a China lidera as importações de petróleo russo, mas a medida também pode alcançar outros parceiros de negócios, incluindo o Brasil. “Aqueles que compram petróleo russo podem estar preparados para uma tarifa de 100%”, disse Bessent durante uma entrevista com jornalistas na Suécia.
A fala ocorre em meio a discussões entre o governo dos EUA e o Senado sobre novas sanções econômicas contra aliados russos, especialmente devido à continuidade da guerra na Ucrânia e ao financiamento indireto ao governo de Vladimir Putin por exportação de energia.
O Congresso autoriza medidas mais difíceis
Segundo Bessent, o Senado dos Estados Unidos já aprovou a possibilidade de aplicação de tarifas secundárias sobre qualquer país que mantenha as relações energéticas com a Rússia. Ele ressaltou que a medida é apoiada pelo Congresso e pelo Executivo. “Não é apenas o presidente. O Senado americano também tem essa preocupação”.
O secretário também indicou que a Casa Branca discute mecanismos para aplicar essas taxas a setores estratégicos, como petróleo, sem comprometer o fornecimento global.
Ele também comentou que o relacionamento entre a China e a Rússia é observado cuidadosamente pelas autoridades dos EUA, especialmente no contexto do comércio de energia.
Bessent também afirmou que o objetivo das reuniões é criar relações pessoais entre negociadores e criar confiança para o avanço das diretrizes de segurança comercial e energética. “O objetivo da reunião é entender melhor a agenda de ambos os países e como podemos avançar”, disse ele.
Bessent: EUA e China procuram reequilibrar o comércio global após impasse em fichas
Bessent disse que os Estados Unidos e a China estão envolvidos na tentativa de reequilibrar a escala comercial entre os dois países, após incases recentes envolvendo tecnologia e energia.
Segundo ele, que está na Suécia, o objetivo das conversas é reduzir os gastos entre os dois poderes e revisar termos comerciais em setores estratégicos. “Queremos prestar atenção aos produtos que podem contribuir para equilibrar essa escala”, disse ele.
De acordo com relatos da delegação americana, a rodada de negociações foi marcada por tensões, especialmente em torno da exportação de chips de inteligência artificial e o fornecimento de petróleo iraniano para a China, o assunto que os Estados Unidos classificam como preocupação de segurança.
“Discutimos com a população americana nossa posição sobre o fornecimento de petróleo iraniano para a China. Isso ainda é um ponto de preocupação”, disse Bessent.
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O contrato de Londres é mantido
Outro ponto destacado no comunicado foi a reafirmação de um acordo assinado por Londres, no qual a China se compromete a retomar o fornecimento de ímãs terrestres raros para os Estados Unidos. O comércio desses minerais foi interrompido depois que os Estados Unidos limitaram a venda de chips para empresas chinesas.
“Confirmamos a implementação do que foi acordado em Londres, especialmente no que diz respeito ao fluxo de ímãs terrestres raros”, disse Bessent.
O secretário também mencionou a reunião com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, no domingo, na Escócia. O diálogo com a União Europeia se concentrou no papel das potências ocidentais na reorganização do comércio global.
Tarifas e próxima reunião
Bessent indicou que o governo dos EUA avalia uma possível interrupção de 90 dias na guerra tarifária com a China. A decisão será submetida à Casa Branca e uma nova reunião entre os representantes está agendada para três meses daqui a.
O secretário comparou o momento atual com o que aconteceu na França e na Itália, que, segundo ele, sacrificou parte de sua capacidade industrial. A estratégia americana, ele explicou, envolve trazer as empresas de volta ao território nacional ou aplicar tarifas para preservar a competitividade.
Bessent disse que o principal desafio nas relações comerciais com a China é o desequilíbrio causado pela excesso de capacidade produtiva chinesa. Ele defendeu a rendustrialização dos Estados Unidos e a revisão da política tarifária americana. “A China é a nação que mais produz hoje. Concentra 30% da produção industrial mundial”, disse Bessent.
Capacidade de absorção e desequilíbrio global
Segundo o Secretário, os países globais do sul, incluindo o Brasil, não podem absorver o excesso de produtos fabricados na China, que pressiona os mercados na Europa e nos Estados Unidos.
Bessent argumentou que os Estados Unidos deveriam buscar maneiras de equilibrar esse relacionamento, com medidas que incluem revisão de tarifas, restrições tecnológicas e incentivos para trazer as fábricas de volta ao território americano. “A questão não é apenas com a China. A intenção é trazer as fábricas de volta aos Estados Unidos, especialmente nos setores de semicondutores e farmacêuticos”.
Reuniões diplomáticas e negociações em andamento
Scott Bessent confirmou que havia uma conexão recente entre o presidente dos EUA e o presidente da China, e que há interesse mútuo em avançar nas negociações comerciais, incluindo o Japão.
Além disso, ele relatou conversas com as autoridades suecas, incluindo o primeiro -ministro e o ministro das Finanças da Suécia em Washington. Os tópicos discutidos incluíram o papel do comércio internacional e da coordenação econômica entre os países.
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