A gigante sueca de infraestrutura de telecomunicações Ericsson reportou lucro acima das expectativas no terceiro trimestre de 2025, impulsionado por medidas de eficiência e pela venda da subsidiária americana Iconectiv.
O ganho de capital de US$ 799 milhões elevou o lucro líquido para US$ 1,19 bilhão, ante US$ 411 milhões no mesmo período do ano anterior. A receita totalizou US$ 5,92 bilhões, queda de 9% em relação ao terceiro trimestre de 2024, mas próxima das projeções do mercado. O lucro diluído por ação foi equivalente a US$ 0,35, comparado a US$ 0,12 um ano antes.
O CEO Börje Ekholm afirmou que a empresa “estabeleceu margens num novo nível de longo prazo” após executar um plano de eficiência iniciado nos últimos anos. O lucro operacional ajustado (EBITA) atingiu US$ 1,66 bilhão, com margem de 28,1%, ante 12,6% um ano antes. A margem bruta ajustada passou de 46,3% para 48,1%, sustentada pelos ganhos de produtividade nas divisões de Redes e Software e Serviços em Nuvem. O fluxo de caixa livre antes de fusões e aquisições foi de US$ 695 milhões e a posição de caixa líquido atingiu US$ 5,46 bilhões.
Segundo Ekholm, “o forte fluxo de caixa recorrente e a venda da Iconectiv criaram espaço para aumentar a distribuição de lucros aos acionistas”. A recomendação sobre o valor e formato será apresentada no balanço do quarto trimestre. As ações da Ericsson subiram 13% nas primeiras horas de negociação na Europa.
A unidade de Redes, responsável pela maior parte da receita, teve queda de 11% nas vendas, afetada pela desaceleração na América do Norte e na Índia. A redução na região da América do Norte reflete o alto volume de entregas para a AT&T em 2024. A Ericsson também observou um ambiente competitivo intenso e menor investimento dos clientes na América Latina. Por outro lado, houve crescimento nas regiões da Europa, Médio Oriente e África, além do Nordeste Asiático. O segmento teve margem bruta ajustada de 50,1%, acima da faixa projetada de 48% a 50%. Para o quarto trimestre, a empresa espera que a margem fique entre 49% e 51%, com desempenho sazonal semelhante à média dos últimos três anos.
Paralelamente à divulgação dos resultados, a Ericsson anunciou um acordo de cinco anos com a Vodafone para modernizar as redes telefónicas na Europa e no Norte de África. O contrato prevê o fornecimento de hardware e software 5G avançados, com a empresa sueca a atuar como único fornecedor de acesso rádio (RAN) na Irlanda, Países Baixos e Portugal, bem como parceiro principal na Alemanha, Roménia e Egito. A iniciativa reforça a estratégia de ampliar contratos de longo prazo nos principais mercados e consolidar a oferta de soluções compatíveis com Open RAN — arquitetura que permite a integração entre equipamentos de diferentes fabricantes.
A Ericsson espera que as vendas orgânicas da divisão corporativa se estabilizem no quarto trimestre e que o mercado de redes móveis permaneça estável. A empresa, no entanto, reconhece maior incerteza quanto ao ambiente macroeconômico e possíveis alterações tarifárias globais. Ekholm destacou que, mesmo com essas pressões, a empresa possui uma cadeia de fornecimento diversificada e capacidade de produção nos Estados Unidos para mitigar os impactos nos custos e no fornecimento de componentes.
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