Taxa de desemprego registrada no Brasil 5,6% no trimestre encerrado em julhoO nível mais baixo da série histórica de Ibge. O registro de ocupação, em 58,8%confirma a resiliência do mercado de trabalho, mas 12 economistas alertam que os dados escondem fraquezas estruturais: crédito restrito, altas taxas de juros e baixo avanço de produtividade.
Para Gustavo Assis, CEO do Asset Bank, o indicador “impressiona, mas mostra apenas parte da história”. Segundo ele, “o crédito bancário permanece caro e restrito, incapaz de apoiar apenas a atividade. O que mantém as empresas vivas são alternativas como os FIDCs. A discussão precisa ir além da taxa de desemprego: é como financiar o próximo ciclo de crescimento”.
Crédito caro e risco de investimentos
Na avaliação de Richard Ionescu, CEO do grupo IOX, o baixo desemprego “não significa que o crédito está fluindo na mesma velocidade”. Ele lembra que Selic com 15% custa operações de securitização e deixa investidores seletivos. “O risco não está no aumento imediato do desemprego, mas na dificuldade de transformar esse dinamismo em projetos estruturados a longo prazo”.
Pedro da Matta, CEO da Audax Capital, enfatiza que a ocupação do registro indica inclusão produtiva, mas lembra que “a expansão futura dependerá de soluções como crédito estruturado, que dão às empresas sem fôlego sem sobrecarregar o sistema bancário”.
Para Pedro Ros, CEO da Referência de Capital, o saldo atual é positivo: “Seltic em 15% garante a previsibilidade, embora mantenha crédito restritivo. O risco de aumento do desemprego permanece baixo, mas os próximos passos de crescimento dependem de mais instrumentos de financiamento”.
Qualidade do emprego e impacto de sele
Volnei Eyng, CEO da MultiLike, destaca a melhoria qualitativa: “O baixo desemprego reflete mais vagas formais e maior renda real, mas os custos mais altos impedem que isso seja sentido no bolso do trabalhador”. Ele enfatiza que Selic ajuda a conter a inflação, mas “não refletiu diretamente no mercado de trabalho”.
Na mesma linha, André Matos, CEO da MA7 Business, ressalta que “os serviços continuam puxando emprego, apoiando receita e consumo. O risco de agravamento é menor no curto prazo, mas a respiração pode diminuir se o custo do dinheiro permanecer alto por um longo tempo”.
Antonio Patrus, diretor da Bossa Invest, ressalta que parte das vagas está em setores de baixa produtividade. “O desafio não é apenas reduzir o desemprego, mas para transformar essa base ocupada em crescimento sustentável. A inovação pode desempenhar um papel estratégico no aumento da eficiência”.
As empresas encontram alternativas
Para João Kepler, CEO do Equity Group, o retiro do desemprego revela a criatividade das empresas para expandir com tecnologia e novos modelos de negócios. Ele vê um mercado de trabalho “mais robusto e diversificado”, apesar das altas taxas de juros.
Jorge Kotz, CEO do Grupo X, avalia que o cenário atual “indica resiliência, mas reforça a importância da sólida gestão financeira”. Carlos Braga Monteiro, CEO do grupo de estúdio, lembra que “o Selic Alta mantém a inflação, mas limita maiores avanços no emprego”.
Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, considera que os setores de crédito menos dependentes apóiam a ocupação. “O risco de deterioração acentuada no curto prazo é baixa, mas o caminho futuro dependerá do equilíbrio entre política monetária e atividade”.
Perspectiva do investidor
Na visão de Fábio Murad, CEO da Super-Etf Education, “baixo desemprego mostra resiliência, mas avança cortes de juros. Quanto mais firme o mercado de trabalho, mais tempo o investidor deve viver com alto seleção”. Ele enfatiza que o momento favorece a renda fixa e requer cautela daqueles que apostam em cortes rápidos.
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