Documentos de auditorias privadas, obtidos pelo grupo CheckNews e publicados pelo jornal Libération, indicam que o sistema de vigilância do museu do Louvre ainda funcionava com programas antigos. Os relatórios também indicam que, durante pelo menos uma década, o Louvre sofreu com a obsolescência tecnológica. Um documento do Ministério da Cultura francês mostra que oito softwares responsáveis por áreas críticas de segurança deixaram de receber atualizações há anos.
O roubo das jóias da coroa francesa em Museu do Louvre, avaliado em cerca de US$ 102 milhões (aproximadamente R$ 500 milhões), expôs falhas de segurança em um dos museus mais renomados do mundo. O sistema de segurança chegou a utilizar apenas “Louvre” como senha de acesso.
Documentos de auditorias privadas, obtidos pelo grupo CheckNews e publicados pelo jornal Libération, indicam que o sistema de vigilância do museu do Louvre ainda funcionava com programas antigos.
Os relatórios também indicam que, durante pelo menos uma década, o Louvre sofreu com a obsolescência tecnológica. Um documento do Ministério da Cultura francês mostra que oito softwares responsáveis por áreas críticas de segurança deixaram de receber atualizações há anos.
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Entre eles está o Sathi, sistema desenvolvido pela Thales e adquirido em 2003 para monitorar câmeras e controlar acessos. Um relatório técnico de 2019 já alertava que o software não era mais mantido pelo fornecedor.
Outro documento, de 2021, revelou que Sathi ainda rodava em um servidor com sistema Windows Server 2003, descontinuado pela Microsoft desde 2015. Essa combinação de programas desatualizados e senhas fracas colocava em risco tanto a coleta quanto a segurança de funcionários e visitantes.
Em testes realizados por especialistas em cibersegurança, foi possível aceder à rede de segurança do museu a partir de computadores administrativos comuns e, a partir daí, manipular o sistema de videovigilância. Em outro experimento, os técnicos conseguiram alterar as permissões associadas aos crachás hackeando o banco de dados de controle de entrada. Segundo relatos, estes ataques poderiam até ser realizados fora das instalações do museu.
A Agência Nacional de Segurança de Sistemas de Informação (ANSSI) confirmou que bastava digitar “LOUVRE” para acessar um dos servidores de câmeras e “THALES” para entrar em outro software de controle.
Enquanto isso, quatro suspeitos envolvidos no roubo foram presos pela polícia francesa. Segundo as autoridades, o perfil dos detidos indica que são amadores, e não especialistas em roubo de património histórico.
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