O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou nesta terça-feira (4) seu compromisso com a atual política fiscal do governo. “Não vamos recuar no objetivo de pôr ordem nas contas que estão desorganizadas desde 2015”, declarou o ministro, em tom firme.
Haddad destacou que o Brasil “está em situação muito melhor do que supõem os analistas internos” e que “os indicadores mostram isso”. Entre os números citados, ele mencionou que o país deverá registrar “a menor inflação em quatro anos da história do Brasil” e “o melhor resultado fiscal desde 2015, mesmo considerando o pagamento de toda a inadimplência do governo anterior”.
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Ao comentar a percepção negativa do mercado, Haddad foi enfático: “Essa avaliação é delirante, não consigo entender. Qual mercado troca a situação do Brasil pela da Venezuela, da Argentina…?” E acrescentou: “A economia está fora da agenda da oposição”.
Reforma tributária e desigualdade
O ministro destacou ainda o impacto estrutural da reforma tributária, estimando ganhos significativos de produtividade. “Na estimativa mais pessimista, a reforma tem impacto de 12% no PIB; na estimativa mais otimista, 20%.”
Haddad destacou ainda que o crescimento sustentável depende da redução das desigualdades: “Não há crescimento com esse nível de desigualdade. Temos o melhor índice de Gini da nossa história”.
Pressão nas taxas de juros e críticas ao mercado financeiro
Sem citar diretamente o Banco Central, o ministro voltou a pedir a queda dos juros: “Os juros vão ter que cair… não sei quando. Não sou presidente do Banco Central. Se fosse, votaria pela queda”. Gabriel Galípolo, presidente do BC, foi secretário de Haddad antes de assumir o cargo.
O ministro também criticou a postura de parte do mercado financeiro. “Tem muita torcida… o que vejo é gente torcendo contra isso no mercado financeiro… O cara perdeu dinheiro porque apostou errado. Ele tem que aceitar e torcer para que dê certo.”
Política fiscal e responsabilidade
Haddad afirmou que o governo avançou na reconstrução do orçamento e na melhoria das regras fiscais. “Estamos dando passos generosos na reconstrução do Orçamento”, afirmou, acrescentando que o governo busca, em conjunto com o Supremo Tribunal Federal, “estender a Lei de Responsabilidade Fiscal ao Legislativo, para que não crie despesas sem criar uma fonte de receita”.
Ele reconheceu que o desafio fiscal é elevado, especialmente face às renúncias fiscais: “Mais de 5% do PIB em renúncias fiscais… não é fácil ir ao Congresso todos os anos e discutir a necessidade de cortar despesas”.
Questionado sobre a conduta econômica nos próximos anos, Haddad reiterou que não há intenção de alterar o regime tributário. “Não alteramos o teto e, (num possível quarto mandato de Lula), não será diferente.”
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